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Heider Sacramento
Publicado em 3 de março de 2025 às 19:10
Em um cenário de celebração pelo primeiro Oscar conquistado por um filme brasileiro, uma situação peculiar chamou a atenção dos internautas na manhã desta segunda-feira (3). Diversos usuários perceberam que publicações do Instagram oficial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela cerimônia do Oscar, estavam indisponíveis para os brasileiros. >
Ao acessar o feed da conta da Academia, foi notado que, enquanto os Estados Unidos podiam ver diversas postagens, o Brasil tinha um número significativamente menor de conteúdos, com pelo menos seis publicações ausentes, até o fechamento dessa reportagem. Entre os conteúdos bloqueados estavam vídeos como o discurso de Mikey Madison, a protagonista do filme Anora, que venceu a atriz Fernanda Torres na categoria de Melhor Atriz, e imagens de Walter Salles, o diretor de Ainda Estou Aqui, premiado como Melhor Filme Internacional.>
A reação dos brasileiros foi imediata. "Não adianta bloquear o acesso porque a gente sempre vai dar jeito...", afirmou um internauta, refletindo o sentimento de muitos ao perceberem o que consideraram um bloqueio. Outros, mais indignados, não poupavam críticas: "Não há democracia nem mesmo para visualização das publicações. Muito bem, Academia! Mostrando toda a falta de prestígio de vocês", escreveu outro usuário.>
Além das críticas, alguns sugeriram que a ação da Academia teria sido motivada pelo "medo do engajamento negativo", em referência aos comentários feitos por brasileiros em postagens anteriores sobre filmes indicados ao Oscar. "Deviam ter vergonha de restringir publicações no Brasil só porque estão com medo de engajamento negativo", disse outro perfil.>
Essa polêmica surge em meio à intensa participação do público brasileiro nas redes sociais, que já se mostrava ativo nas publicações da Academia antes mesmo da revelação dos indicados.>