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Elis Freire
Publicado em 14 de março de 2025 às 20:30
Muitas já devem ter ouvido falar da “Brazilian wax”, depilação brasileira mundialmente conhecida, ou até mesmo optam por ela na hora de tirar os pelos da região íntima. Porém, esse formato de depilação remove todos os pelos da região da virilha, vulva, períneo, nádegas e lateral do ânus não é indicada pelos ginecologistas. Apesar da fama de ser escolha ousada, uma médica especialista alerta que a depilação completa pode favorecer o aparecimento de diversas doenças na região >
“Depilar totalmente as partes íntimas favorece o crescimento de microrganismos e causa maior corrimento vaginal, facilitando o aparecimento de doenças”, explicou a ginecologista Anaísa Dantas, integrante da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR) ao portal Metrópoles.>
Segundo ela, retirar completamente os pelos íntimos desfaz as funções deles, de proteção durante o dia a dia e na relação sexual. A absorção do suor produzido pelo corpo também é uma função dos chamados "pentelhos” - o que é essencial para evitar a reprodução de bactérias.>
A celulite infecciosa – infecção das camadas mais profundas da pele –, a infecção bacteriana nos lábios vaginais e até mesmo a herpes e o HPV são riscos comuns às mulheres com a ausência de pelos. “O fato de a pele ter sofrido danos durante a depilação também a deixa mais vulnerável a herpes e verrugas genitais (HPV)”, ressalta Anaísa Dantas.>
Além disso, a ginecologista também alerta para possível transmissão de doenças causadas pela falta de higiene do local onde se realiza a depilação, como o reaproveitamento da cera - isso não é recomendado de maneira alguma. Outra atenção fundamental é para higienização das ferramentas e objetos utilizados, como pinças, toalhas e recipientes para guardar a cera. >