Ícone do reggae, Cocoa Tea morre aos 65 anos

O cantor jamaicano Cocoa Tea faleceu na manhã desta terça-feira (11), aos 65 anos. A morte ocorreu na Flórida, nos Estados Unidos, e foi confirmada pela esposa do artista, Malvia Scott. Além da companheira, Cocoa deixa oito filhos.

Em entrevista ao Jamaica Gleaner, Malvia explicou que o marido estava internado há meses lutando contra uma pneumonia e deu entrada em outro hospital após sentir fortes náuseas. "Recebi uma ligação esta manhã cedo para dizer que ele tinha sido transferido da unidade [na qual estava] para o hospital, que fica a uns cinco minutos de distância, porque ele estava vomitando".

O artista também lutava contra um linfoma desde 2019 e a esposa destacou sua coragem para lidar com a doença. “Ele foi positivo durante tudo isso. Há cerca de três semanas, quando ele foi internado, ele me perguntou se eu estava preocupada. Eu disse que sim, sempre estou preocupada, e ele me disse para não me preocupar, porque tudo ficaria bem. Ele sempre foi muito esperançoso”, disse Malvia.

Cocoa iniciou a carreira na Jamaica em 1985 e ficou mundialmente conhecido na década de 1990 com os hits I Lost My Sonia, Rocking Dolly e Rikers Island. Seu talento em mesclar os sons tradicionais do reggae com temas contemporâneos lhe rendeu o reconhecimento de ícone no gênero musical.

Cocoa também ficou conhecido por seu ativismo em prol da luta de igualdade do povo negro. Em 2009, ele voltou à grande mídia para apoiar a campanha presidencial de Barack Obama nos EUA.

O primeiro-ministro jamaicano Andrew Holness prestou homenagem ao cantor no X, antigo Twitter. "Além de seu gênio musical, Cocoa Tea era um farol de gentileza e generosidade, elevando consistentemente os menos afortunados e incorporando o calor de nossa nação. A influência de Cocoa Tea se estendeu além de nossas costas, tocando corações em todo o mundo e solidificando o lugar da Jamaica no cenário musical global", declarou.