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Heider Sacramento
Publicado em 23 de abril de 2025 às 09:22
Quatro anos após ter sido agredido durante uma viagem à Barra de São Miguel, em Alagoas, o ator Henri Castelli venceu na Justiça e receberá uma indenização de R$ 55 mil. A decisão, proferida pela Justiça de São Paulo, condena os agressores Bernardo Malta de Amorim e Guilherme Accioly Ferreira a pagar o valor, dividido entre danos morais e estéticos. >
Henri foi atacado em dezembro de 2020 e relatou sequelas físicas e emocionais desde então. A juíza Luciane Cristina Silva Tavares determinou que o ator receberá R$ 40 mil por danos morais e outros R$ 15 mil por danos estéticos. Os réus também devem arcar com as custas do processo e os honorários da defesa do artista. Ainda cabe recurso da decisão.>
Ao justificar a sentença, a magistrada destacou a gravidade da agressão e seu impacto duradouro. “Deve a indenização, por um lado, ser suficiente para desestimular práticas semelhantes e, por outro, compensar a vítima pelos prejuízos decorrentes da conduta do ofensor”, escreveu. Ela ressaltou ainda a importância de considerar “os efeitos pedagógicos ao ofensor e as condições pessoais dos litigantes”.>
A indenização por danos estéticos foi determinada com base nos relatos da advogada de Henri, que informou que o ator passou a esconder o rosto em fotos e sofre até hoje com dores na mandíbula. “Tendo o autor demonstrado sua insatisfação com sua imagem após a agressão física, que modificou possivelmente de forma irreparável sua mandíbula, e considerando que se trata de um ator, para quem evidentemente a imagem tem uma dimensão ainda mais exacerbada, os danos estéticos estão configurados”, pontuou a juíza.>
O episódio ocorreu em dezembro de 2020, quando Henri estava de férias em Alagoas. Ele foi surpreendido por dois homens que, segundo o ator, não conhecia. Na época, surgiram acusações de que ele estaria embriagado e teria provocado a confusão — o que nega categoricamente.>
Em entrevista ao podcast Papagaio Falante, apresentado por Sérgio Mallandro, Henri descreveu o episódio como brutal: “Foi uma covardia. Tentaram me matar. Graças a Deus tinha um promotor de Justiça de Belém, que hoje virou um grande amigo, que presenciou e se posicionou. Ele disse: ‘Vi o que aconteceu. Você não fez nada’”.>
O ator precisou passar por cirurgia de reconstrução da mandíbula e ainda convive com sequelas da agressão. “Tenho dormencia no maxilar e perdi a sensibilidade na região. Posso ser espetado por um alfinete no local da fratura que não sinto nada”, revelou.>