Gloria Pires desembarca em Salvador para finalizar gravações de documentário

Uma das maiores atrizes do país, Glória Pires desembarcou em Salvador para finalizar mais uma etapa de gravações do documentário sobre a trajetória de 37 anos do Balé Folclórico da Bahia (BFB). A atriz assina a produção e direção do documentário.

A ideia do documentário surgiu quando Gloria Pires esteve em Salvador para lançar o filme “Flores Raras”. Em um jantar com Vavá Botelho, diretor-geral e fundador da companhia de dança afro-baiana, a atriz decidiu transformar a trajetória do BFB num documentário em formato para cinema. Eles amadureceram a ideia por 10 anos e, em 2022, aprovaram o projeto de montagem e apresentação do espetáculo “O Balé Que Você Não Vê”. Desde então, o filme começou a ganhar corpo.

Glória vai ficar na capital baiana até o próximo sábado (8), para gravar depoimentos de artistas como Carlinhos Brown, Margareth Menezes e Daniela Mercury, além de Vavá Botelho. Outro personagem que será ouvido será Zebrinha, diretor artístico.

O documentário conta a trajetória da companhia, que já se apresentou em mais de 30 países e 350 cidades do mundo e é considerado uns dos principais embaixadores da cultura afro-baiana no planeta.

Após as gravações em Salvador, Glória fará filmagens no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde ouvirá Deborah Colker, Carlinhos de Jesus, Ana Botafogo e Marisa Orth. Já em março, a equipe de filmagem e direção segue para Nova York e Atlanta para gravar depoimentos de nomes importantes da dança nos Estados Unidos, país que mais recebeu turnês do Balé Folclórico da Bahia.

“Os Estados Unidos que descobriram o Balé, fazemos turnês anuais por mais de 280 cidades norte-americanas há mais de 28 anos com sucesso de crítica e público”, conta Vavá Botelho. 

O documentário começou a ser gravado em 2022, quando o Balé Folclórico da Bahia voltou a se apresentar, após quase encerrar suas atividades durante a pandemia. Neste mesmo ano a companhia montou o espetáculo “O Balé Que Você Nâo Vê”, inspirado na luta diária de uma companhia profissional para se manter, tanto financeira como tecnicamente. “Nossa história, desde a fundação, é de resistência, força, luta, coragem e muita dedicação. Mais de 800 jovens bailarinos, a maioria de origem muito simples, aprenderam os primeiros passos no Balé e hoje brilham em grandes companhias na Europa e nos EUA”, conta Vavá Botelho. “Essa história precisa ser contada”, acrescenta.