Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Fernanda Varela
Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 15:10
Um dos métodos mais conhecidos para classificar se uma pessoa é obesa é o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). A ferramenta, adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), calcula o chamado “peso ideal” para cada pessoa, levando em conta a sua altura. Para se obter este número, basta dividir o seu peso (em quilos) pela altura (em metros) elevada ao quadrado (altura x altura).
Vigentes há anos, o método pode ser deixado de lado em breve. Considerado obsoleto por muitos médicos e nutricionistas, por não considerar a composição corporal da pessoa, como quantidade de massa magra e gordura, o IMC voltou a ser debatido. Um estudo publicado pela revista The Lancet Diabetes & Endocrinology na noite desta terça-feira (14), feito por 58 médicos de diversos países, propõe que a obesidade siga sendo definida como uma doença clínica crônica e que, como qualquer doença o foco seja voltado para os sintomas e problemas de saúde associados a ela do que ao peso corporal do paciente.
O estudo sugere que o IMC deixe de ser usado isoladamente para diagnosticar se a pessoa tem peso normal, sobrepeso ou diferentes graus de obesidade. Os médicos pesquisadores dizem que o ideal é que a gravidade da obesidade seja avaliada individualmente, considerando o quadro de saúde de cada pessoa, e não quanto ela pesa.
A proposta apresentada pelo estudo é que o IMC seja complementado com medidas, como a relação cintura-quadril, para medir a gordura abdominal, que está diretamente ligada a fatores de risco para o desenvolvimento de outras doenças.