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Heider Sacramento
Publicado em 26 de fevereiro de 2025 às 08:22
A pastora Carla Wintor, que ficou conhecida no axé baiano como Katê, ex-vocalista da banda Voa Dois, fez declarações polêmicas sobre sua antiga trajetória musical. Em entrevista a Karina Bacchi, a artista afirmou que decidiu abandonar a carreira após uma experiência espiritual e que músicas que não louvam a Deus são “do diabo”. >
“Deus falou para mim que não teria mais shows, mas eu continuei acreditando que músicas românticas que não falam de empoderamento, traição e embriaguez, que não falam de pecados que vão de encontro com a palavra de Deus, não têm nada demais”, disse, explicando que sua percepção mudou após um episódio marcante.>
A ex-cantora relatou que, ao ouvir uma música do cantor Belo, perguntou a Deus o que Ele pensava sobre aquele tipo de canção. Pouco tempo depois, recebeu uma mala de doação com uma carta dentro. “A primeira frase que li foi essa: ‘O diabo lança suas doutrinas por música e suas artes, a arte que não passa pelo altar, não serve para mim. Tudo que não é do Espírito Santo não presta’”, contou.>
As declarações de Carla repercutiram nas redes sociais, dividindo opiniões. Uma seguidora apontou que a lógica se aplicaria a todas as formas de arte. “Então entendo que filmes, novelas, livros de poesias, danças, artes cênicas, balés, dentre tantas outras manifestações artísticas devem primeiramente passar pelo altar ou então seremos meros hipócritas”, escreveu. A ex-vocalista concordou e citou um episódio pessoal: “Estava passando um filme violento chamado Mad Max e eu pedi ao meu esposo para desligar a TV porque não era de Deus. Daqui a pouco, o homem no filme fala: ‘Que Sat… nos abençoe’. Fiquei tão chateada que aquela palavra foi dita dentro da minha casa. Comecei a orar e estou sempre vigiando o que assistimos”, revelou.>
Atualmente, Carla vive na Califórnia, é casada, tem uma filha e se dedica à pregação religiosa nas redes sociais, onde acumula mais de 170 mil seguidores. Em um de seus vídeos virais, ela relembra que passou 15 anos cantando no Carnaval e que chegou a defender a presença feminina no pagode baiano, mas que “a vida que levava não glorificava a Deus em nada”.>