Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

'Eu levo o legado da minha mãe adiante', diz Fernanda Torres sobre o impacto de Ainda Estou Aqui

A atriz reflete sobre o papel de sua mãe, Fernanda Montenegro, e o significado do filme, que fala sobre resistência e a importância de transmitir histórias ao longo do tempo

  • H
  • Heider Sacramento

Publicado em 3 de março de 2025 às 23:21

Fernanda Torres em entrevista ao Jornal Nacional Crédito: Reprodução/TV Globo

Em uma entrevista ao Jornal Nacional nesta segunda-feira (3), Fernanda Torres refletiu sobre o impacto de Ainda Estou Aqui, que conquistou o primeiro Oscar do Brasil na categoria Melhor Filme Internacional. A atriz conectou o enredo do filme com o legado de sua mãe, Fernanda Montenegro, e com a resistência vivida por sua geração diante dos horrores da Guerra Fria.

"Este é um filme sobre a transmissão de uma experiência", afirmou Fernanda, destacando a importância da memória e do legado transmitido entre as gerações. "Minha mãe e Eunice Paiva viveram um período muito difícil, e elas criaram filhos que se tornaram escritores e atores. Gosto de pensar que o filme foi feito por duas crianças, Marcelo Rubens Paiva e Walter [Salles], que, após viverem a dor da violência do Estado, criaram algo para que essa história nunca fosse esquecida", explicou a atriz, visivelmente emocionada.

Ela também refletiu sobre seu próprio papel na continuidade desse legado familiar, dizendo: "De certa forma, eu levo o legado da minha mãe adiante. E fico pensando nos jovens de hoje, que filmes eles farão no futuro sobre nossa resistência contra o autoritarismo e os movimentos antidemocráticos", acrescentando que a obra possui um caráter de resistência importante para os tempos atuais.

Selton Mello, que também faz parte do elenco de Ainda Estou Aqui, destacou o poder emocional do filme e a conexão entre os membros do elenco. "Fomos uma família. Vivemos como uma família durante todo o processo. Foi lindo. A experiência transcendeu, e acredito que tocou o coração das pessoas, porque, no final, é uma história de família", disse ele, sublinhando o impacto de trabalhar com o diretor Walter Salles.

Sobre a magnitude do projeto desde o início, Selton afirmou: "Não. Nunca soubemos. Mas sempre tivemos uma base sólida, que é o livro de Marcelo Rubens Paiva, e a visão pessoal e sensível de Walter sobre aquela família", completou.

Ainda Estou Aqui, que retrata o desaparecimento de Rubens Paiva em 1971, foi o grande vencedor da categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar 2025, marcando um momento histórico para o Brasil. Embora Fernanda Torres tenha sido indicada ao prêmio de Melhor Atriz, o prêmio foi para Mikey Madison, de Anora. O filme, no entanto, consagrou o Brasil ao vencer pela primeira vez o prêmio mais importante do cinema mundial.