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Esposa diz que relação aberta foi ideia de Stênio Garcia: 'Ele sempre foi muito sexual'

"A gente sempre teve um relacionamento tão aberto que ele fala: 'aquela mulher ali se me desse, eu transaria'", conta Marilene

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 17 de março de 2025 às 15:14

Stênio Garcia e Marilene Saad
Stênio Garcia e Marilene Saad Crédito: Reprodução

A esposa de Stênio Garcia, 92, Marilene Saad, 56, voltou a falar sobre a relação aberta do casal e da polêmica quando o marido disse que estava surpreso com a informação.

"É claro que o Stênio falou de brincadeira: 'estou perdendo meu tempo'. Até porque, ele sempre foi muito sexual. Ele, aliás, que me abriu o olhar para esse tipo de relação. E isso não me mudou como parceira sexual, mas como ser humano. Isso é muito mais amplo do que a relação homem x mulher", explicou em entrevista à Quem.

Marilene, entretanto, ressaltou que existem regras entre o casal. "Nossa relação é aberta até a página 2. Nasci em Ipanema [bairro da zona sul do Rio], estudei em colégio de freira, só perdi a virgindade depois dos 21 anos, queria casar virgem (risos). Mas sempre fui traída, não sabia qual era o problema comigo. Sou totalmente demissexual, não consigo beijar sem ter uma conexão intelectual, espiritual", disse.

"Sou assim. Podia ficar com muitos garotos. Beijei muito pouco, mas quando me interessava por alguém era por sentimento. Meu apelido no Monte Líbano [clube na zona sul do Rio] era 'fria', porque não queria beijar os garotos. Fiquei oito anos sem beijar na boca antes de conhecer o Stênio. Minhas amigas falavam: 'você é louca'. Sempre fui assim... Essa coisa de ter uma relação mais aberta, aprendi com ele. Ou não ficava com ele. Por ter sido sempre traída, eu era muito ciumenta. Mas ser ciumenta e casar com ator não combina", afirmou.

Stênio e Marilene estão casados há 26 anos e, nessa caminhada, segundo ela, muitas cenas de ciúme já existiram. "Eu era insuportável, ia para a portaria 3 do Projac [Estúdios Globo, na zona oeste do Rio] para ver se o Stênio ia sair no carro de alguém. Não posso olhar para aquela Mari do passado. Mas, hoje, se ele me largar por causa de alguém, está tudo bem. E temos que respeitar o direito à vida, de ter uma relação diferente, ou até de ser assexuado. As pessoas estão preocupadas se o outro transou ou não", criticou.

A atriz falou ainda que Stênio mudou a relação dela com seu passado. "Tive um trauma que fui traída por uma pessoa da família. Só que não tenho controle sobre o outro, ele não é meu. Não adianta botar o ser humano em uma gaiola. O Stênio começou a abrir a minha mente. Ele falava para mim: 'se um dia você tiver um sentimento por alguém, você não vai segurar'. E ele me apresentou Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre. Primeiro achei que eles eram pervertidos. Fiz muita terapia. Depois me desconstruí por causa do Stênio. E amo esse casal de paixão. Essa mulher me representa", analisou.

"Descobri que nem eu sou de mim mesma. Porque, se Deus quiser, ele tira a minha vida. O Stênio me ensinou algo muio sábio. Ele sempre disse: 'a relação era fechada para as mulheres, para os homens nunca foi'. Fico impressionada como a internet, que é uma coisa que abomino, fica preocupada com o sexo do outro. A gente sempre teve um relacionamento tão aberto que ele fala: 'aquela mulher ali se me desse, eu transaria'. E eu também. É o que diz o filme 'Proposta indecente': deixe a pessoa que você ama em liberdade. Se ela voltar é porque ela te ama, se não voltar é porque não te ama'", seguiu.

A atriz, por fim, falou da liberdade que ambos têm no casamento. "Deixo ele livre, e ele me deixa livre também. Agora estou na menopausa, mas, se por acaso, quiser ir, eu vou. Falo: 'Stênio, quero ter uma experiência com aquela pessoa'. Não quer dizer que eu vá transar. E ele sempre me falou: 'vá'. E sempre falei 'vá' para ele também. Temos uma comunicação honesta e transparente. Por isso o ficar com o outro, o olhar para outra pessoa deixa de ser proibido. Não quero hipocrisia. Acho que isso iluminou minha vida toda, porque eu era uma mulher muito insegura e ciumenta", disse.

"Um dia, a gente estava na academia e passou uma mulher que era a cara da Sharapova. E ele quase quebrou o pescoço. Falei: 'pode olhar, mas está feio' (risos). A mulher era bonita para caceta. E também já aconteceu de eu olhar na cara dele para o Hugh Jackman e o Daniel Craig em um espetáculo fora do Brasil e dar um grito quando o Hugh Jackman abriu as pernas em cena. Respeitamos o desejo um do outro", concluiu.