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Millena Marques
Publicado em 20 de setembro de 2024 às 23:04
O candidato Geraldo Júnior (MDB) foi o sexto e último a participar da série de sabatinas do CORREIO com os postulantes à prefeitura de Salvador. Formado em Direito, ele é o atual vice-governador da Bahia. Foi eleito vereador de Salvador por três mandatos, entre 2012 e 2020.
Reveja, na íntegra, a sabatina:
Veja os principais trechos da sabatina com foco nas propostas do candidato
De todos os seus projetos, qual você acredita ser o principal para o futuro de Salvador? (Pergunta para todos os candidatos)
Nós temos muitos problemas na cidade do Salvador. Mas o grande problema é em relação às desigualdades sociais, econômicas e urbanísticas. Nós precisamos reduzir as desigualdades, sejam elas sociais, econômicas ou urbanísticas.
Que estratégias sua gestão pretende adotar para responsabilizar a prefeitura em não somente criar postos de emprego, como também enfrentar a alta taxa de informalidade no mercado de trabalho em Salvador? (Pergunta do candidato Giovani Damico, do PCB)
Salvador é marcada por ser uma capital de serviços, mas Salvador tem marcada uma indústria sem chaminé, da economia criativa, solidária e popular. Vamos criar o Polo Industrial da Economia Criativa e Popular. Neste espaço, que será a casa da economia criativa, as pessoas terão a oportunidade de trazer indústrias, empresas, esta cadeia produtiva para fomentar a atividade do Carnaval e das festas populares. E o Carnaval é um exemplo de turismo, de turismo religioso, étnico e cultural. É fazer com que Salvador seja o destino final de voos nacionais e internacionais.
Quais as propostas concretas para incentivar o desenvolvimento de programas de qualificação profissional e de geração de emprego em Salvador, especialmente para jovens e populações vulneráveis? Como a prefeitura, sob sua liderança, pretende colaborar com o setor privado e as organizações da sociedade civil para alcançar esses objetivos? (Associação Brasileira de Recursos Humanos Seccional Bahia - ABRH Bahia)
O novo modelo que a sociedade espera é um modelo de participação entre o governo federal, governo do estado e prefeitura. E nós vamos fazer isso. Está no nosso programa de governo. Salvador, além de ser uma capital de serviços, é uma capital de indústrias sem chaminé. Nós tivemos a informação e colocamos no nosso programa de governo isso. Temos especialistas que formataram o nosso programa de governo, tem a Confederação Nacional das Indústrias, que elaborou um mapa estratégico falando da inovação, da tecnologia e dos avanços da indústria. (O nosso projeto será) casado com o projeto do governo federal, de neoindústria, da nova indústria, que são os investimentos que o presidente Lula garantiu para os estados da federação e para as capitais.
Como funcionará o Polo Industrial da Economia Criativa e Popular?
O governador Jerônimo Rodrigues já nos garantiu a concessão, doação, desafetação de áreas do estado (para construir o polo). O governo federal tem um programa, ‘Imóvel da Gente’, a ‘Terra da Gente’, que são desapropriações, desocupações ou desafetações que são feitas de áreas públicas, de terrenos públicos, para fins de interesse social, para o desenvolvimento econômico, para geração de emprego e renda, para a atenção básica, para educação e construção de creches. Por isso que pensamos nesse polo industrial da economia criativa para o Carnaval e para festas populares.
O que o senhor pretende fazer pela causa animal em Salvador? (Pergunta do leitor Mário Reis)
A causa animal é uma causa que desponta nas grandes capitais. Nós precisamos ter a sensibilidade de um tratamento especial, de uma política municipal casada com as políticas públicas do governo do estado. Precisamos envolver a sociedade civil. Nós vamos ter o programa ‘Pet Amigo’, que será formado por especialistas na área, uma agenda municipal da causa animal. Esse ‘Pet Amigo’ na linha da defesa de inclusão, de participação. Além desse ‘Pet Amigo’, vamos estabelecer a UPA veterinária e os chamados abrigos públicos.
O que o candidato pretende fazer com as empresas que poluem a Baía de Todos-os-Santos? (Pergunta da leitora @marciateixeira001)
Nós vamos estabelecer uma política de proteção, estabelecer atos de punição, sejam elas administrativas ou no campo judicial a empresas que venham poluir o meio ambiente. Não dá para falar em desenvolvimento econômico se não falarmos em justiça ambiental, em justiça social. Nenhum país do mundo cresce, nenhum estado da federação, nenhuma grande capital se desenvolve sem preservar o meio ambiente. Vamos estabelecer essa parceria com o governo do estado e federal. Não vamos permitir que indústrias poluam a Baía de Todos-os-Santos. Nós vamos preservar o meio ambiente.
Quais são os planos para incrementar a segurança no âmbito municipal?
O problema da segurança pública é um problema nacional. É uma atribuição do estado constitucionalmente falando, mas é de responsabilidade de todos, da sociedade, da imprensa, do presidente Lula, e ele faz issp. Nós fazemos aqui, no estado, através do enfrentamento ao crime organizado, ao tráfico de drogas. Nós já tiramos quase 30 mil delinquentes de circulação no estado da Bahia e em Salvador. É muito fácil cruzar os braços, criticar a segurança pública pelas redes sociais, pela imprensa. É obrigação institucional e constitucional do estado, mas é obrigação de todos nós. Nós vamos implantar o plano municipal de segurança pública para receber verbas federais. Temos que fazer um enfretamento ao crime organizado e vamos ser firmes nisso. Mas temos que preservar a segurança cidadã, a política da cidadania, da cultura da paz, e só vamos conseguir fazer isso se criarmos uma Secretaria de Segurança Cidadã e Defesa Civil.
Quais são os seus planos para o futuro do Carnaval? (Pergunta da leitora Gisélia Santos)
Nós precisamos pensar o Carnaval como desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda e distribuição de riquezas para todas as pessoas. O Carnaval vai ser pensado na nossa política de governo para cultura e turismo durante o ano todo. Nós temos o Conselho do Carnaval (Comcar), já o convidei para participar de um núcleo exclusivo que vai pensar as atividades do Carnaval. É importante fortalecer os patrocínios, os anúncios, mas não podemos esquecer que esses patrocinadores têm dois compromissos. O primeiro é a preservação do meio ambiente. Não dá para discutir o Carnaval sem pensar na justiça social, na inclusão. Não dá para falar do Carnaval sem pensar nos cordeiros, nos ambulantes. Não dá para esses profissionais estarem nos circuitos sem centrais de acolhimento. Nós vamos otimizar esse sistema, vamos humanizar esse sistema.
Quais são os planos do senhor para os bairros de Valéria e Palestina (Pergunta do leitor Caique de Jesus)
Está no nosso programa de governo estabelecer uma conexão para essas duas regiões, esses dois territórios, com o Parque da Paz. O Parque da Paz será uma área verde, de convivência, de troca de experiências, uma área dentro das 10 áreas mais populosas da cidade. Esses dois territórios sinalizados serão territórios abraçados por esse projeto, por esse programa, por essa participação social e ambiental, de geração de emprego e renda, de oportunidades, em conexão com a segurança pública e com a Secretaria de Segurança Cidadã. Nós vamos trazer 15 novas creches em tempo integral para Salvador, algumas dessas 24h. Vamos trazer 10 escolas de tempo integral em Salvador. Essas duas áreas serão abraçadas por esses dois instrumentos: Parque da Paz e escolas em tempo integral.
Quais são suas considerações finais?
Eu quero discutir a cidade, as desigualdades sociais, econômicas e urbanísticas. Quero falar de um transporte público rodoviário, de um ônibus que precisa ter melhor assistência e menor tarifa. Que nós já garantimos, no nosso programa de governo, atenção básica, 300 equipes da saúde e da família garantidas pelo governo federal, com o presidente Lula. Além das duas policlínicas - de Narandiba e Escada, que são cases de sucesso em Salvador -, o presidente Lula disse bota no programa de governo mais 10 policlínicas na cidade do Salvador.
*Com orientação do editor Rodrigo Daniel Silva