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Marçal divulga suposto laudo de uso de cocaína de Boulos; candidato vai pedir prisão de ex-coach

Segundo Guilherme Boulos (PSOL), documento é falso e CRM usado para assinar laudo é de médico que morreu há dois anos; número de identificação exposto pelo rival também estaria errado

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2024 às 23:58

O candidato a prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), abriu uma transmissão ao vivo pelo Instagram na noite desta sexta-feira (4) após o rival Pablo Marçal (PRTB) postar nas redes sociais um suposto receituário médico que que detalharia um encaminhamento do adversário para uma emergência psiquiátrica, em 2021.

Segundo O Globo, o documento indicaria que o deputado federal teria testado positivo para cocaína na ocasião. Boulos, no entanto, diz que o documento é falso e que pedirá a prisão de Marçal e do proprietário da clínica divulgado pelo rival.

Na live, Boulos disse ainda que o número de documento exposto na imagem está errado. "O dono da clínica do documento que ele publica tem vídeo com Pablo Marçal, é apoiador dele. Ele falsificou um documento com um CRM de um médico que faleceu há dois anos para que ninguém fosse responsabilizado", disse. O nome do profissional que aparece receituário é José Roberto de Souza, cujo CRM é 17064-SP. O Globo confirmou com órgão médicos que o profissional já é falecido.

Ainda em sua defesa, Boulos afirmou que na data da suposta internação ele estaria na favela do Vietnam, em São Paulo, distribuindo cestas básicas.

A campanha de Boulos também divulgou uma nota oficial sobre o episódio:

"O documento publicado por Pablo Marçal é falso e criminoso e ele responderá e arcará com as consequências em todas as instâncias da Justiça — eleitoral, cível e criminal. Uma atitude inaceitável de quem prova não ter limites em sua capacidade de mentir. Marçal mostra mais uma vez ser um criminoso recorrente, que usa de mentiras absurdas para atacar a honra e a reputação e tentar promover uma manipulação sem precedentes no processo eleitoral. Não podemos normalizar esse tipo de método que já colocou em xeque a nossa democracia no passado recente e que, agora, ameaça a normalidade destas eleições. Marçal pagará pelos seus crimes", diz o texto.