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Thais Borges
Publicado em 5 de outubro de 2024 às 05:00
Salas de aula climatizadas, mais ônibus elétricos, um novo Centro de Convenções, projetos para reduzir a sensação térmica e até uma autoridade climática. Todas essas são propostas que estão nos planos de governo dos postulantes à prefeitura de Salvador. Mas você sabe quais são as principais propostas de cada um deles? >
Durante a última semana, o CORREIO analisou os planos de governo de seis candidatos e listou algumas das principais proposições deles dentro de sete áreas: educação, saúde, mobilidade, mudança climática, emprego, cultura e turismo. A análise incluiu os planos de governo dos candidatos que participaram das sabatinas promovidas pelo jornal - Bruno Reis (União Brasil), Eslane Paixão (UP), Geraldo Júnior (DEM), Giovani Damico (PCB), Kleber Rosa (PSOL) e Victor Marinho (PSTU). >
Cada partido ou coligação construiu seu plano de governo de alguma forma particular. O de Bruno Reis, que tem 159 páginas, foi elaborado por equipes técnicas com a colaboração da aliança partidária e a participação de segmentos da sociedade e da população, tanto nos bairros quanto em redes sociais, de acordo com a assessoria da campanha. O de Eslane Paixão tem 12 páginas e foi redigido tanto a partir de encontros com apoiadores, militantes e candidatos quanto da plataforma da direção nacional do partido. >
O plano de Geraldo Júnior tem 66 páginas e foi concebido em diferentes fases: primeiro, de forma participativa, com reuniões temáticas; depois, a partir do documento elaborado, a versão final acresceu ideias da própria chapa e da coordenação de campanha. Já o de Giovani Damico conta com 21 páginas e foi definido de forma coletiva, em reuniões com membros do partido, nos chamados 'ativos eleitorais'. >
Por sua vez, Kleber Rosa tem 63 páginas em seu plano de governo, concebido após plenárias, pesquisa e escuta de grupos e coletivos. Victor Marinho tem 24 páginas em seu plano, que foi desenhado inicialmente pela direção do diretório municipal do partido e, na sequência, complementada de forma participativa pelas plenárias. >
Seria, portanto, impossível listar todas as propostas aqui. Entre os candidatos com maior número de propostas, selecionamos, prioritariamente, aquelas que eram totalmente novas; as que trazem projetos novos dentro de programas existentes; as que reformulam estruturas já existentes e, por fim, as que ampliam e fortalecem iniciativas já executadas. >
BRUNO REIS (UNIÃO BRASIL)>
- A capital baiana possui um programa modelo de desenvolvimento do afroturismo, o Salvador Capital Afro. Com o fim do primeiro ciclo do projeto, vamos implementar o Salvador Capital Afro 2. >
- Transformar o bairro do Comércio numa zona modelo de desenvolvimento econômico para população negra a partir do turismo e da cultura. >
- Desenvolver projetos urbanísticos e retrofits em dezenas de casarões para residência e espaços comerciais multiuso prioritariamente para empreendedores negros, além de um plano de urbanístico focado no desenvolvimento da região a partir também da identidade afro-indígena.>
- Turismo de praia: criar um calendário turístico que valorize as praias; garantir a melhoria da qualidade da água para banho e desenvolver ações de incentivo, apoio e qualificação ao comércio e aos serviços de praia. >
- Turismo religioso: consolidar a Trezena de Santa Dulce no calendário nacional.>
- Incentivar a gestão e restauro das igrejas históricas enquanto também patrimônio cultural e potencial turístico.>
- Implantar um novo Centro de Convenções, a ser instalado no Centro Histórico. >
- Ampliar os programas de qualificação dos serviços de turismo. >
- Criar 5 novos territórios turísticos em Salvador - Orla e Itapuã, Barra, Rio Vermelho, Cidade Baixa e Baía de Todos os Santos.>
ESLANE PAIXÃO (UP)>
Não foram localizadas propostas específicas para o turismo.>
GERALDO JÚNIOR (MDB)>
- Fortalecer o Afroturismo como uma das principais políticas estratégicas de expansão do setor turístico de Salvador, valorizando os roteiros turísticos e os pontos de visitação de experiências afrocentradas. >
- Implementar uma política municipal de turismo. >
- Definir a capacidade de carga dos equipamentos turísticos e a criação de programas de incentivo para captação e ampliação de investimentos. >
- Estruturar os roteiros para fomentar o turismo náutico e comunitário nas ilhas. >
- Adaptação para a acessibilidade das instalações e equipamentos nas edificações turísticas , com a implementação do selo “Turismo Acessível”. >
- Desenvolver projetos de turismo de experiência, ampliando as visitações às comunidades tradicionais na capital baiana. >
- Desenvolver um Programa de Qualificação da mão de obra local, para aprimoramento dos serviços turísticos e fidelização dos turistas ao destino. >
- Implementar Programa de Turismo Comunitário urbano sustentável, com infraestrutura adequada, utilizando o potencial turístico local, em comunidades organizadas. >
- Articular a criação do Festival Gastronômico Bahia Negra em Salvador. >
- Estruturar uma nova etapa do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR) focado no Pelourinho, na Cidade Baixa e nas ilhas da Baía de Todos os Santos (BTS). >
- Criar uma Coordenação Interfederativa de Cultura e Turismo para a gestão compartilhada do carnaval de Salvador.>
- Requalificar a Cidade Baixa como um espaço com infraestrutura turística diante da proposta de instalar o Museu Oceanográfico da Baía de Todos os Santos.>
GIOVANI DAMICO (PCB)>
- Garantia de um quotidiano de cultura em Salvador, de modo a possibilitar um turismo em todas estações do ano. >
- Gestão pública das ilhas, com enfrentamento à especulação imobiliária nas Ilhas de Maré e dos Frades, buscando a urbanização com ênfase nas populações locais.>
KLEBER ROSA (PSOL)>
- Promover campanhas voltadas para os turistas incentivando a escolha por negócios de pessoas negras, mulheres, LGBTs e com deficiência. >
- Capacitar terreiros, quilombos, blocos afros e outros equipamentos culturais e políticos para receber turistas. >
- Desenvolver um sistema monitoramento e avaliação do impacto das iniciativas locais, como aumento da renda local. >
- Estabelecer políticas que incentivem empresas do setor turístico a contratar e treinar jovens de baixa renda. >
- Promover, por meio de contrapartidas de empresas do setor turístico, programas de capacitação de profissionais das atividades mais demandadas durante a realização de eventos, sejam de negócios ou lazer. >
- Oferecer cursos de formação profissional em parceria com instituições de ensino superior e empresas turísticas para jovens da periferia que buscam o primeiro emprego.>
- Ampliar linhas de crédito para pequenos comerciantes e cooperativas da economia solidária.>
- Criar roteiros de turismo ecológico na cidade, incluindo as três ilhas. >
- Inserir e divulgar o Parque - “Santuário” Pedra de Xangô como ponto turístico da cidade.>
VICTOR MARINHO (PSTU)>
– Investimentos em educação, em formação profissionalizante e desenvolvimento de políticas que gerem emprego na área de turismo e outras atividades, com um olhar inclusivo em toda cidade, e não apenas nos cartões postais.>