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Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2022 às 16:44
O Governo Federal cortou R$ 12,8 milhões da Universidade Federal da Bahia (Ufba). A quantia, equivalente a 12,4% do valor originalmente inscrito na Lei Orçamentária Anual (LOA) para despesas de custeio, estava congelada e será redirecionada para outro setor governamental, afirma a instituição.
Anteriormente, o Governo havia anunciado bloqueio de R$26 milhões dos recursos de custeio - 25% do total disponibilizado -, mas recuou após protestos.
A restrição dos recursos limita atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência estudantil. Em nota, assinada pelo Pró-reitor de Planejamento e Orçamento da Ufba, Eduardo Mota, ressalta-se que “o orçamento da Universidade já tem sofrido um corte profundo na disponibilidade dos recursos de custeio [...] que incluem, entre outros: luz e água, segurança e vigilância, limpeza, portaria, transporte, manutenção predial e de áreas de circulação”.
Em indignação, antes do corte do valor total bloqueado, a instituição realizou na última terça-feira (21) a mesa “Contra o Obscurantismo: em defesa da educação, da ciência, da cultura e das artes”. O reitor João Carlos Salles e pró-reitores da Ufba se posicionaram contra os cortes sofridos pela instituições de ensino em todo Brasil.
“A tirania tem essa característica de semear confusão, dividir o povo, retirar a capacidade do povo de afirmar sua liberdade, identidade. Como se apartasse uma nação da sua condição de projeto de sociedade justa. Para uma sociedade que não seja desigual, a universidade pública tem papel fundamental. São lugares de conhecimento, produção da ciência e exercício democrático. No momento temos absurdo no corte efetivo do orçamento que pode comprometer nossas atividades. Se não protegermos nossa casa, não temos como realizar nela ensino, pesquisa e extensão”, afirmou Salles.