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Integridade da informação torna-se urgência mundial

Relatório do Fórum Econômico Mundial indica que desinformação é o maior risco global dos próximos dois anos

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 05:00

Fake News causam desinformação
Fake News causam desinformação Crédito: Wilson Dias/Agência Brasil

A superabundância da informação trouxe ao mundo um paradoxo: a desinformação, além de uma enxurrada de conteúdos incorretos, fake news, discursos de ódio e disseminação de enorme poluição de dados, sobretudo, nos meios digitais. O cenário é preocupante e afeta o dia a dia da sociedade, restringindo seu direito à notícias confiáveis que atendam às suas necessidades. 

Desde 2023, a Organização das Nações Unidas (ONU) chama a atenção para a questão e vem divulgando o conceito da integridade da informação, ou seja, a produção informacional pautada por precisão, consistência, confiabilidade, responsabilidade, qualidade, critério e ética. O que era ser o básico da relação emissor/receptor se transformou em assunto de apelo internacional e ganhou agenda no G20 (reunião dos chefes de Estado das 20 maiores economias mundiais), como uma urgência a ser combatida com a criação de políticas públicas. 

Risco global

A questão tem sido constante também em diversos fóruns internacionais e bandeira levantada por líderes e especialistas em diferentes países. Só para se ter uma ideia, em janeiro deste ano, 1.500 autoridades do mundo responderam à pesquisa sobre os maiores riscos globais, do Fórum Econômico Mundial, e citaram a desinformação como o maior deles, com desdobramentos nos próximos dois anos. O resultado pode ser conferido por meio do relatório disponível no site oficial. Os entrevistados sinalizaram, ainda, a importância da união internacional para discutir o tema e combater seus efeitos.  

Toda as discussões e a mobilização em torno do problema não bastam. A prioridade do G20 é estabelecer ações para superar o desafio.  Mas a questão não depende somente dos governos. De forma prática, algumas ações podem e devem ser postas em andamento para mudar o cenário. São elas: conscientizar o cidadão e promover senso crítico,  a partir do desenvolvimento das habilidades de educação midiática, do letramento digital, do fortalecimento do jornalismo, da sustentabilidade da imprensa,  da ampliação de vozes e da garantia ao acesso às informações de qualidade e integras.

“A agenda da integridade informacional visa olhar a metade cheia do copo e trabalhar a questão do combate à desinformação - que é super urgente -  em uma visão propositiva, colocando em prática ações consistentes, de longo prazo, que visam o remodelamento do cidadão”, destaca Patricia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, que dissemina a educação midiática através da plataforma EducaMídia e oferece também cursos e formações para professores e escolas.

Consumo crítico da informação

De acordo com a educadora, a educação midiática entra neste cenário como um contraponto à desinformação. A partir do momento em que o cidadão aprende a acessar corretamente as informações, a avaliar criticamente as informações que chegam até ele e a interagir com os conteúdos de forma mais questionadora, ele acaba desenvolvendo o seu senso crítico e, naturalmente, passa a ser um agente mais participativo dentro do ambiente informacional e midiático. 

“Ensinar a população e o cidadão a questionarem a notícia e ter uma atitude proativa em relação à informação que recebe é fundamental, então, a educação midiática vem justamente com esse objetivo”, diz. No dia a dia, isto significa ensinar as pessoas a desenvolverem as habilidades para acessar um conteúdo, o que inclui: verificar a fonte; ter uma atitude proativa em relação ao conteúdo; fazer perguntas do tipo: o que essa informação quer de mim? Por que ela chegou até mim? Qual o propósito e o objetivo? Onde eu posso buscar informações adicionais?