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Portal Edicase
Publicado em 3 de fevereiro de 2025 às 19:00
Nos últimos tempos, a tecnologia tem revolucionado cada vez mais a forma como as pessoas consomem serviços e produtos. Nesse cenário, os bancos digitais têm simplificado transações financeiras e dado aos clientes mais autonomia para cuidar do próprio dinheiro. >
Dessa forma, não há mais necessidade de depender apenas dos bancos tradicionais para realizar pagamentos de contas, transferir dinheiro, fazer empréstimos, entre outras transações. Agora, basta ter acesso à internet e um smartphone para conseguir resolver tudo na palma da mão. >
O banco digital é uma das categorias existentes entre as fintechs. O termo fintech, abreviação de financial technology (tecnologia financeira, em português), é utilizado para se referir a startups ou empresas que usam a tecnologia para oferecer serviços financeiros de forma inovadora e sem burocracia, sejam eles gratuitos ou com baixo custo. >
No Brasil, atualmente há diversos bancos digitais autorizados pelo Banco Central do Brasil a funcionar. Agibank, Banco Inter, Banco Original, Pag Bank, C6 Bank, Neon, Nubank e Next são algumas das opções disponíveis. Todos eles oferecem serviços 100% on-line. >
Os serviços oferecidos pelos bancos digitais costumam variar de acordo com a instituição financeira. Porém, não costumam ser muito diferentes daqueles disponibilizados pelos bancos convencionais, como pagamentos de boletos, transferências TED e DOC, cartão de crédito e débito, débito automático, Pix, saques, empréstimos, financiamentos, investimentos etc. >
Ao contrário dos bancos tradicionais, os digitais não possuem estruturas físicas como as agências. Dessa forma, o cliente pode abrir a conta e realizar qualquer serviço de maneira virtual – pelo aplicativo no próprio smartphone – a qualquer momento, em qualquer lugar e sem precisar enfrentar filas. Outros canais de atendimento dessas instituições financeiras costumam ser e-mail e telefone. >
Além disso, segundo Antônio Dias Stein, analista de investimentos CNPI, a ausência de despesas operacionais desses bancos – por não terem agência física –, influencia diretamente no custo de serviços repassados ao usuário. Assim, pode haver ausência de taxas de criação e manutenção de conta, TEDs e DOCs gratuitos (até certo limite) e transferências gratuitas para contas do mesmo banco. >
O banco digital é aquele que já nasceu no meio on-line. O digitalizado, por sua vez, é o banco tradicional, com estrutura física, mas que oferece algumas operações por meio de aplicativos e internet banking. Apesar disso, por vezes, a opção digitalizada requer que o cliente vá até uma agência ou caixa eletrônico para desbloquear determinadas ações no aplicativo ou no internet banking. >
Para garantir a segurança dos clientes , os bancos digitais – assim como os tradicionais – precisam ser autorizados pelo Banco Central do Brasil a operarem no país. “Além disso, eles possuem protocolos de segurança on-line muito rígidos, já que todas as suas atividades são feitas no meio cibernético”, explica Antônio Dias Stein. >
Inclusive, a Resolução nº 4.658/2018, do Banco Central do Brasil, exige que essas instituições tenham uma “política de segurança cibernética” e determina “requisitos para a contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem”. >
Ainda segundo Antônio Dias Stein, algumas instituições investem o dinheiro que está na conta de seus correntistas em RDBs (Recibos de Depósito Bancário) ou em Tesouro Direto. “Ou seja, mesmo que o banco quebre, o seu dinheiro ou está coberto pelo FGC [Fundo Garantidor de Créditos] (no primeiro caso) ou no investimento mais seguro do país, sob custódia do governo (no segundo)”, esclarece. >
Mesmo com a regulamentação do Banco Central do Brasil e medidas tomadas pelas instituições financeiras, alguns cuidados, por parte dos usuários, também devem ser tomados para garantir a segurança de dados e dinheiro. Para Afrânio Alves, planejador financeiro e especialista em investimentos, é importante ter cautela ao sacar dinheiro e usar cartão de crédito ou débito, ao usar equipamentos e redes de Wi-Fi públicas para acessar a conta e ao armazenar e acessar as senhas da conta. >