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Estadão
Publicado em 2 de dezembro de 2024 às 21:06
Pela quinta vez seguida desde a semana passada, o dólar voltou a subir e atingiu nova máxima histórica. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 6,068, com alta de 1,11% em relação ao fechamento da sexta-feira. Foi mais um dia de mal-estar no mercado com a condução da política fiscal pelo governo.
A ameaça do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas contra o Brics (grupo de países em desenvolvimento) caso eles substituam o dólar em suas transações comerciais também pesou favoravelmente à divisa americana.
"Obviamente que a declaração de Trump sobre o Brics pesa", disse Luciano Costa, economista-chefe da corretora Monte Bravo. "Mas a questão fiscal ainda tem papel preponderante na depreciação do real."
Foi a quinta alta seguida do dólar, que se acelerou depois da frustração com as medidas de cortes de gastos anunciadas na quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Nesse período, a moeda acumulou valorização de 4,42% ante o real. Desde o início do ano, o dólar agora acumula alta de 25,03%.