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Brasil se torna o segundo maior fabricante mundial de ar-condicionado

O país saltou da 5ª para a 2ª posição entre os maiores fabricantes do produto no mundo, atrás apenas da China

  • Foto do(a) author(a) Agência Brasil
  • Agência Brasil

Publicado em 17 de março de 2025 às 23:35

Ar-condicionado subiu quase 7,2%, de acordo com a variação do IPCA
Produto registrou recorde de 5,9 milhões de unidades fabricadas no país Crédito: Ana Albuquerque/ Arquivo CORREIO

A combinação entre as frequentes ondas de calor e o crescimento da economia fez a indústria de eletroeletrônicos crescer 29% em 2024, na comparação com o ano anterior. Foram comercializadas 117,7 milhões de unidades de diferentes produtos, como geladeiras, televisores, ventiladores e filtros, entre outros, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), divulgados nesta segunda-feira (17). 

O destaque foi o ar-condicionado, que registrou um recorde histórico de 5,9 milhões de unidades fabricadas no país, aumento de 38% entre 2023 e 2024, fazendo com que o Brasil saltasse da quinta para a segunda posição entre os maiores fabricantes do produto no planeta, atrás apenas da China.

"São dois fatores preponderantes que fizeram com que a gente alcançasse esses resultados. O primeiro é o econômico. Tivemos aumento na geração de empregos, controle maior da inflação no primeiro semestre do ano passado, redução da taxa de juros em parte do ano, o que facilita a aquisição dos nossos produtos, que normalmente são parcelados, e a parcela precisa caber no bolso da população. Outro fator preponderante foi o climático. A elevação das temperaturas fez com que a população buscasse conforto, comodidade e bem-estar", afirmou Jorge Nascimento, presidente da Eletros, após participar de reunião no Palácio do Planalto.

No caso da linha marrom, que inclui televisores, o ano passado registrou a maior produção dos últimos 10 anos, e a segunda maior produção da história, com 13,5 milhões de unidades vendidas, com aumento de 22% em relação a 2023. Na linha branca, que abrange geladeiras, fogões, refrigeradores e máquinas de levar, a indústria nacional registrou crescimento de 17% em 2024, com 15,6 milhões de unidades, praticamente os mesmos indicadores do período pré-pandemia.

Durante a reunião com o presidente Lula e ministros, os empresários do setor apresentaram os números da indústria de eletrodomésticos e pediram a retomada de um cenário econômico similar ao do ano passado.

"O que a gente conversou agora, inclusive com o ministro [Fernando] Haddad, é que é importante que se tenha um ambiente econômico ainda próspero – estamos falando de ajuste fiscal, de controle da inflação, da questão dos juros referenciais. Se isso for tratado com o mesmo cuidado que aconteceu no primeiro semestre do ano passado, a gente tem uma expectativa de pelo menos repetir os números de 2024, em uma versão mais otimista, e crescer 10%", estimou Nascimento, da Eletros.

A associação reúne 36 empresas, que empregam cerca de 200 mil trabalhadores e respondem por 3% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria nacional.