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Estadão
Publicado em 19 de março de 2025 às 21:29
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou nesta quarta-feira (19) a taxa básica de juros (Selic) em um ponto porcentual, de 13,25% para 14,25% ao ano – seguindo o plano de voo para conter a inflação sinalizado em dezembro e reforçado na reunião anterior, em janeiro. A decisão foi unânime. >
Com a alta, o Copom colocou os juros no mesmo patamar registrado na crise econômica deflagrada no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment em agosto de 2016. Trata-se do maior nível nominal dos juros desde outubro de 2016, já com Michel Temer na presidência.>
O Copom já sinalizou que esse patamar deve ser superado na próxima reunião, em maio, com uma nova elevação da taxa, porém em ritmo menor>
“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, diz o comunicado.>
A partir da reunião seguinte, de junho, a magnitude total do ciclo será ditada pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica de inflação”.>
O colegiado atribuiu a elevação da taxa de juros nesta quarta ao cenário mais recente, que é marcado por projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Isso, conforme a cúpula do BC, exige uma política monetária mais contracionista.>
“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo, ainda que sinais sugiram uma incipiente moderação no crescimento”, pontuou a cúpula da instituição.>