S10 ganha competitividade com a atualização do conjunto motriz, adição de equipamentos e aumento da garantia

Picape foi um dos prêmios que Davi ganhou no BBB. Confira a avaliação em vídeo

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 10 de junho de 2024 às 15:00

Na estética, a principal alteração externa foi na dianteira da S10
Na estética, a principal alteração externa foi na dianteira da S10 Crédito: Divulgação

Acirrado, o segmento de picapes médias é um dos mais tradicionais do mercado brasileiro. Atualmente, são somente seis veículos: Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger, Mitsubishi L200, Nissan Frontier e Volkswagen Amarok, pela ordem de vendas. A Fiat chegou a apresentar seu modelo, a Titano, porém, a "operação tartaruga" do Ibama está dificultando a emissão das licenças ambientais exigidas pela legislação.

Todas as concorrentes possuem um fator em comum: são sempre movidas a diesel, com capacidade para pelo menos uma tonelada e o foco atual são em configurações com cabine dupla e transmissão automática. Apenas Chevrolet e Toyota oferecem opções de cabine simples, que tem foco em frotistas.

É uma categoria que, apesar de oferecer há tempos os mesmos produtos, sempre apresenta alguma atualização. No ano passado, a Toyota lançou duas novas versões para a Hilux, a GR-Sport e a SRX Plus, e a Ford promoveu a renovação completa da Ranger. No mês passado, a Mitsubishi lançou séries especiais para a L200 e a Chevrolet S10 2025 começou a desembarcar nas concessionárias.

A S10 não passou por uma mudança de geração, como aconteceu com a Colorado - modelo que a Chevrolet oferece nos Estados Unidos. Porém, o veículo produzido no interior de São Paulo agregou equipamentos e elementos do utilitário americano. Na mecânica, o principal item em comum entre elas é a nova transmissão automática de oito velocidades.

Esse equipamento é um dos responsáveis pela melhoria de desempenho e dirigibilidade da atualizada S10. Sua associação com o motor Duramax de 2.8 litros foi muito feliz. Inclusive, o propulsor turbodiesel foi amplamente retrabalhado, de acordo com Chevrolet, foram feitas mais de 30 intervenções de hardware e software. Como resultado, a entrega de potência e torque aumentou: são 207 cv (7 cv a mais) e 52 kgfm (1 kgfm a mais).

O desempenho do veículo evoluiu, com a aceleração de zero a 100 km/h em 9,4 segundos, um segundo melhor que com o conjunto anterior. Os ajustes no trem de força proporcionaram menor consumo de diesel: o urbano passou de 8,4 km/l para 9,5 km/l e, o rodoviário, que era de 10,4 km/l, chega agora aos 11,4 km/l. Dessa forma, com um tanque de 76 litros, a autonomia na cidade é de 722 quilômetros e, na estrada, de 866 km.

A engenharia da General Motors, proprietária da marca Chevrolet, também fez intervenções em outros elementos que influenciam na condução e conforto da S10. Na parte de suspensão, por exemplo, foram aplicados novos amortecedores e as bitolas dos eixos ficaram maiores. Já a coluna de direção foi substituída.

A cabine ganhou quadro de instrumentos digital e a central multimídia foi atualizada por Divulgação

Foram agregadas novas tecnologias de auxílio à condução, como alertas de tráfego cruzado traseiro e de ponto cego e farol alto automático, que se somam aos equipamentos que já eram oferecidos como avisos de colisão com frenagem automática de emergência e de saída de faixa.

Em relação aos itens de conforto, a picape conta na linha 2025 como partida remota, acendimento automático dos faróis, câmera de ré de alta definição, controle eletrônico de oscilação de reboque, ar-condicionado digital e banco do motorista com ajuste elétrico. Todos esses itens estão presentes na versão High Country, a topo de linha, e vão sendo reduzidos de acordo com cada configuração.

A tampa traseira ganhou sistema de alívio de peso e travamento elétrico
A tampa traseira ganhou sistema de alívio de peso e travamento elétrico Crédito: Divulgação

PREÇOS E GARANTIA

O portfólio da S10 é grande e começa com uma versão que tem apenas uma cabine simples e a carroceria sem nenhum implemento. Ela tem transmissão manual de seis marchas e custa R$ 223.620. A inclusão da caçamba custa mais R$ 9.090. A seguinte já tem cabine dupla, é oferecida por R$ 247.860 com câmbio manual e por R$ 268.060 com câmbio automático. A maior aposta da Chevrolet é em três configurações: Z71 (R$ 281.900), LTZ (R$ 292.800) e High Country (R$ 302.900).

Das picapes médias citadas, apenas a Amarok continua com três anos de garantia. O que deve mudar com a atualização do produto, programada para agosto. A S10 se junta ao clube dos cinco anos de garantia com Hilux, L200, Ranger e Titano. A Nissan Frontier é a única com seis anos de garantia.

*O JORNALISTA VIAJOU PARA PIRENÓPOLIS, GOIÁS,  A CONVITE DA GM