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Antônio Meira Jr.
Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 18:30
Há alguns anos, a Toyota mudou sua estratégia no mercado brasileiro. Saiu da forma discreta de atuação e começou a focar no automobilismo para se tornar mais jovem. Promoveu a divisão esportiva Gazoo Racing, incluindo o lançamento de um Corolla com 304 cv de potência, e fez sua estreia na Stock Car.
Líder global de vendas de automóveis, a empresa japonesa quer mais espaço no Brasil e, para isso, anunciou ano passado investimento de R$ 11 bilhões até 2030. O aporte ampliará a capacidade de produção de veículos e motores, com a introdução de novos modelos equipados com a pioneira tecnologia híbrida flex.
Desse montante, R$ 5 bilhões já estão confirmados até o ano que vem e incluem a produção de um SUV compacto híbrido flex, o Yaris Cross. O veículo, que já é comercializado em outros mercados, será lançado no final deste primeiro semestre com muitos destaques além da propulsão híbrida.
Uma dessas atrações é a garantia, de até dez anos. Essa cobertura, já introduzida na Hilux, no SW4 e no Corolla ano passado, é um diferencial para os rivais. Nesses modelos, que já contavam com cinco anos de garantia, não há nenhum custo adicional ao proprietário e a ampliação ativada automaticamente ao serem realizadas revisões programadas na rede autorizada Toyota após o término do período inicial.
Outro ponto interessante é que o Yaris Cross será conectado, como já acontece com os modelos da marca citados e com futuros rivais, como Chevrolet Tracker, Honda HR-V e Hyundai Creta. Esses automóveis contam com um chip e isso viabiliza que, por meio de um aplicativo para smartphone, o cliente tenha acesso remoto a diversas funções.
Entre outras possibilidades, está a consulta da autonomia e a partida remota, que permite a climatização da cabine. Esses veículos também podem ser rastreados, o que amplia a segurança.
Toyota Yaris Cross 2026
O novo SUV compacto será produzido em Sorocaba, no interior de São Paulo. Ele será construído sobre a plataforma DNGA da Daihatsu - empresa que pertence ao Grupo Toyota -, uma alternativa mais econômica à TNGA, aplicada no Corolla e no Corolla Cross. Somente para fabricar esse veículo, a empresa investiu R$ 1,63 bilhão.
Na Europa, o veículo utiliza um motor 1.5 litro a combustão associado a um propulsor elétrico. Esse conjunto entrega 130 cv de potência combinada e 18,8 kgfm de torque. Naturalmente, esses números deverão ser maiores quando o veículo utilizar etanol. A expectativa é que esse motor seja mais eficiente que o 1.8 litro que atende Corolla e Corolla Cross e ultrapasse os 20 km/l em trânsito urbano.
O câmbio da configuração híbrida é do tipo transeixo, o mesmo de Corolla e Corolla Cross híbridos. As dimensões serão inferiores às do Corolla Cross, porém próximas. São 4,31 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,61 m de altura e uma distância entre eixos de 2,62 m.
O Yaris Cross deverá custar entre R$ 145 mil e R$ 170 mil, ficando posicionado abaixo do Corolla Cross, que custa inicialmente R$ 168.490 (versão XR) e ficaria acima do Yaris, cuja versão mais cara é tabelada por R$ 133.790. Entre os rivais, o Chevrolet Tracker é oferecido inicialmente por R$ 119.900, o Honda HR-V por R$ 156.100 e o Hyundai Creta por R$ 141.890.
Enquanto na média nacional, a Toyota fechou 2024 na quinta colocação com 8,20% de participação entre as marcas que mais emplacaram automóveis e comerciais leves, na Bahia, ficou na segunda posição.
O fabricante japonês fechou o ano passado com 12,64% de participação no mercado estadual. Os modelos mais vendidos da marca na Bahia foram a Hilux, com 3.008 emplacamentos, e o Corolla Cross, com 2.491 unidades licenciadas.