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Antônio Meira Jr.
Publicado em 16 de outubro de 2024 às 14:00
O mercado nacional é impactado por um grande volume de veículos destinados a locadoras, que domina o emplacamento em alguns segmentos. Na Bahia é diferente. Apesar da composição dos emplacamentos ter influência de vendas corporativas, o varejo é dominante. Nesse cenário, o Creta é um produto de grande relevância no estado.
Esse Hyundai é o carro de passeio mais licenciado no mercado estadual. Foram 2.591 unidades entre janeiro e setembro, ficando na frente de todos os veículos mais acessíveis, como o Volkswagen Polo, que somou 1.951 emplacamentos no acumulado do ano.
Alguns fatores deixam o Creta nessa posição privilegiada no ranking baiano: o espaço, a garantia de cinco anos e a conectividade. Esses atributos prevaleceram em relação ao desenho controverso que a Hyundai apresentou a partir de 2021, quando atualizou a geração do SUV.
Agora, a empresa sul-coreana promoveu uma atualização na dianteira e na traseira do Creta, incluindo mudanças profundas no conjunto óptico da frente e de trás. Além disso, mudou a parte superior do painel e introduziu um novo motor, que posiciona o veículo como o mais potente da categoria. São novidades que devem ampliar a competitividade do modelo na categoria e a sua liderança no mercado estadual.
PROPULSÃO E CONDUÇÃO
O motor 2 litros aspirado abriu espaço para o 1.6 litro turbo na versão topo de linha, a Ultimate. Esse propulsor de quatro cilindros a gasolina rende 193 cv de potência a 6 mil rpm e entrega 27 kgfm de torque a 4.500 giros. De acordo com a aferição do Inmetro, ele é 9% mais econômico que o anterior. De acordo com o instituto, o veículo percorrer 11,9 quilômetros com um litro de gasolina na cidade e faz 13,5 km/l na estrada.
Esse engenho da família Gamma II, denominado como 1.6 TGDI, é associado a uma transmissão automática de sete velocidades e dupla embreagem. É um equipamento que permite trocas mais rápidas e suaves.
Para as versões Comfort, Limited, Platinum e N Line o motor segue o 1 litro turbo (1.0 TGDI) da família Kappa. Bicombustível, esse propulsor de três-cilindros entrega, com gasolina ou etanol, 120 cv de potência aos 6 mil rpm, com torque máximo de 17,5 kgfm logo aos 1.500 rpm, que se mantém até 3.500 rpm.
Recalibrado, ficou mais eficiente, com resultados 6% melhores. Com etanol são 8,4 km/l na cidade e 9 km/l na estrada. Utilizando gasolina, são 12 km/l em trânsito urbano e 12,7 km/l em trechos rodoviários. Com a motorização 1 litro, a transmissão é automática de seis marchas.
Nos equipamentos que facilitam a rotina do condutor e ampliam a segurança, a depender da versão, estão itens como câmera 360 graus, alerta de ponto cego, assistentes de permanência e centralização em faixa, detector de fadiga, farol alto adaptativo, assistente de tráfego cruzado traseiro e controle de velocidade adaptativo. Há ainda um sistema de frenagem autônomo.
MERCADO EM EXPANSÃO
Para as opções com motor 1.0 turbo, não há aumento de preço em relação ao modelo anterior. A opção mais acessível é a Comfort (R$ 141.890), seguindo com Limited (R$ 156.490), Platinum (R$ 172.690) e N Line (R$ 182.090).
A topo de linha Ultimate, que vem com o 1.6 turbo, tem preço sugerido de R$ 189.990, R$ 2 mil acima da opção anterior, de 2 litros. A Hyundai descontinuou a versão Action, que era vendida com a carroceria anterior e motor 1.6 aspirado.
Entre os rivais, estão desde o Chevrolet Tracker, passando por Honda HR-V, Fiat Fastback, VW T-Cross e Nissan Kicks, até o Toyota Corolla Cross. Tudo depende da configuração de equipamentos e motorização.
Neste ano, além do Creta, a Hyundai lançou o Palisade, um SUV de oito lugares, e o Ioniq 5, seu primeiro elétrico no país. Para 2025, a empresa espera fazer seis lançamentos, entre os mais esperados estão o SantaFe, o Kona e o Tucson.
*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA HYUNDAI