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Portal Edicase
Publicado em 7 de março de 2025 às 17:07
Mesmo com significativos avanços conquistados nas últimas décadas, a equiparidade de gênero no mercado de trabalho ainda é um grande desafio às mulheres, especialmente aquelas em cargos de gestão. Segundo o Censo Demográfico 2022, o Brasil tem mais da metade da população composta por mulheres (51,5%). No entanto, somente 38% das posições de liderança no país são ocupadas por elas, de acordo com estudo realizado pela FIA Business School e divulgado pela Forbes. >
A pesquisa revelou que, em diversos aspectos, a liderança feminina é mais bem avaliada do que a masculina. Para 50% dos entrevistados, as CEOs foram consideradas excelentes em suas gestões, enquanto os homens tiveram 43% na mesma avaliação. Em relação à confiança nos líderes, elas tiveram alcance de 79% dos respondentes e os homens ficaram com 72%. >
Mesmo com dados que reiteram a qualidade da gestão feminina , alguns estereótipos ainda se mantêm. Enquanto elas são percebidas como mais propensas avalorizar a proximidade, os homens foram caracterizados comomais conservadores e focados em resultados. >
Entre as muitas explicações para essa diferenciação, destaca-se o jeito de falar. “Homens e mulheres são diferentes nesses aspectos e a neurociência mostra isso. De modo geral, os homens são mais diretos e objetivos. As mulheres usam mais detalhes, enfatizam a emoção, querem conexões mais profundas, mesmo em assuntos do trabalho”, diz Valdireni Alves, especialista em comunicação assertiva e oratória. >
Para Valdireni Alves, as mulheres que desenvolvem a capacidade de expressar ideias, opiniões e sentimentos de forma clara, objetiva, respeitosa e com confiança, posicionam-se com mais segurança em seu papel de líder. >
“Comunicação é poder, e oratória é para a vida. Em um mundo onde as mulheres ainda enfrentam desafios, como interrupções recorrentes em reuniões e a necessidade de provar competência, dominar a comunicação faz toda a diferença. A mulher que se comunica bem é mais ouvida, respeitada, transforma-se em referência, inspira outras mulheres e vive mais feliz”, enfatiza. >
Outra diferença mais facilmente percebida entre aqueles em cargos de liderança envolve a maneira como lidam com as emoções. Enquanto a mulher tende a ser mais afetuosa e emocional, o homem costuma ser mais direto nas palavras. >
“Quando utilizada com inteligência emocional , a demonstração de sentimentos é um ponto positivo para gerar conexão, empatia, inspirar e motivar equipes. Só passa a ser negativo quando a emoção é demasiada e impede a comunicação assertiva. Isso pode expressar insegurança e uma necessidade de ser aceita”, conta a especialista em comunicação assertiva e oratória. >
Para as mulheres líderes e empreendedoras que buscam desenvolver a oratória e aperfeiçoar a capacidade de comunicação, Valdireni Alves, que também é jornalista, palestrante e escritora, lista 5 dicas. Confira! >
Fale claramente aquilo que você quer ou não. Lembre-se: em comunicação não existe óbvio. >
Evite começar frases com “acho que”, “talvez” ou “desculpa incomodar”. Não use excesso de diminutivo. Expresse-se com verdade. >
Nem agressivo, nem passivo. Encontre um equilíbrio firme e amigável. >
Não precisa explicar demais. Um simples: “isso não está dentro das minhas prioridades no momento”, já é suficiente. >
Pontue corretamente. Respire entre as frases. Seja objetivo. >
Por Marlise Groth >