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Arquiteto do Fazendão, Pithon tinha 74 anos e dirigiu também a FBF
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2015 às 09:49
- Atualizado há 2 anos
Morreu na madrugada desta quarta-feira (21) o arquiteto e ex-presidente do Bahia Antonio Pedreira Pithon, que dirigiu o Tricolor em 1996 e 1997 e, na década de 1970, foi mentor do projeto do atual centro de treinamentos do clube, o Fazendão. Na década seguinte, Antonio Pithon presidiu a Federação Bahiana de Futebol (FBF).
Como presidente da FBF, Pithon entregando taça de campeão baiano de juniores ao atacante Charles, atual técnico do Bahia (Foto: Acervo Pessoal)Aos 74 anos, Pithon estava internado no Hospital Santa Izabel desde o último sábado e sofreu falência múltipla de órgãos. Deixa três filhos e dois netos. O sepultamento será às 11h desta quinta-feira (22), no Cemitério Jardim da Saudade, em Brotas.
Confira abaixo texto enviado pela família:Futebol brasileiro perde Antonio Pedreira Pithon
Faleceu na manhã desta quarta-feira (21), de falência múltipla dos órgãos, aos 74 anos, o ex-presidente do Esporte Clube Bahia Antonio Pedreira Pithon.
Arquiteto e construtor, deixou seu traço e seu estilo perfeccionista em casas, prédios, escolas, bancos, teatros e cinemas de Salvador, em outras cidades do Brasil e até em outros países.
Mas foi no futebol que ficou conhecido nacionalmente. Primeiro, Antonio Pithon deixou seu nome na história do Bahia. Foi diretor social, em 1970, quando criou a Revista do Bahia e a campanha de sócios "Sou Bahia e estou em dia".
Idealizador do Fazendão – já como diretor de Patrimônio –, por muitos anos teve participação decisiva na vida do clube também como vice-presidente de Marketing e conselheiro Grande Benemérito. Projetou e construiu o Ginásio de Esportes que levava o seu nome, na antiga sede da Boca do Rio.Ao lado do técnico Evaristo de Macedo(Foto: Acervo Pessoal)Em 1985 foi eleito presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF) e logo revolucionou a forma de administrar a instituição. Deu grande apoio às categorias de base, fortaleceu os clubes do interior e introduziu ações de marketing, com a atração de patrocínios para o campeonato. Recebeu, em 1986, a Bola de Ouro como o melhor presidente de Federação do Brasil.
O Campeonato Baiano ganhou álbum de figurinhas e teve jogos transmitidos pela tevê para todo o Brasil. Ainda na FBF participou da criação do Clube dos 13 e ajudou a incluir o Bahia na elite do futebol brasileiro.
O sucesso na federação valeu o convite para trabalhar como diretor da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Criou e planejou a Copa do Brasil com entusiasmo, dizendo à época que ali nascia o campeonato mais democrático do País. Tinha razão.
Foi também presidente do Conselho Regional de Desportos da Bahia, quando teve a oportunidade de prestigiar todos os esportes e desburocratizar a entidade, e o único baiano a ocupar uma cadeira no Conselho Nacional de Desportos
Em 1996 realizou o grande sonho: presidir o Esporte Clube Bahia. Conseguiu, em 1 ano e 4 meses, promover um trabalho de recuperação do Fazendão e conquistar a Copa Renner, mas não teve tempo suficiente para realizar seu grande sonho: fazer do Bahia um clube maior, competitivo e respeitado em nível mundial.
Pithon estava internado no Hospital Santa Isabel, no bairro de Nazaré, desde o último sábado. Foi casado com Kiliana Kruschewsky, com quem teve três filhos: Alessandro, Rogerio e Thomaz. Deixa três netos: Caroline e Giovanna, filhas de Alessandro, e o filho de Rogério, que nascerá em abril.