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Brasil perde para França na prorrogação e dá adeus à Copa

Seleção foi derrotada pela anfitriã por 2x1 e cai nas oitavas de final do Mundial

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Giuliana Mancini

Publicado em 23 de junho de 2019 às 18:38

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Franck Fife/AFP

O Brasil lutou. Otimista, como o técnico Vadão tinha garantido na véspera, foi para cima da França, ignorando o favoritismo da dona da casa. E assim o fez - mesmo tomando um gol no segundo tempo, conseguiu empatar e levou a partida, válida pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Futebol Feminino, para a prorrogação. Mas, muito pressionada, acabou se deixando ficar novamente atrás no placar - e deu adeus à competição, perdendo por 2x1.

O primeiro tempo foi bom para a seleção brasileira. Com boa troca de passes, conseguia chegar no campo de ataque - e marcava bem a França, segurando a pressão. Aos 22, tomou um gol, em uma falha de Bárbara - mas a árbitra Marie Beaudoin analisou o lance no vídeo e anulou.

No segundo tempo, aos seis minutos, Gauvin abriu o placar para a França, após jogada pela direita de Diani. Mas o Brasil não deixou a comemoração durar muito tempo: Thaísa, aos 18, empatou. A auxiliar chegou a levantar a bandeira, assinalando impedimento, mas o VAR viu posição legal e confirmou o gol. Aos 41, a bandeirinha marcou mais um impedimento em um gol brasileiro, com Tamires - dessa vez, de forma correta.

Com 1x1 no tempo regular, o duelo foi para a prorrogação. A França passou a primeira parte pressionando, de todas as formas. Mas, com a equipe nervosa, não conseguia o gol. De cabeça mais tranquila após o intervalo, veio para a segunda etapa da prorrogação sem querer perder tempo. E assim o fez: ainda no primeiro minuto, a capitã Henry mandou para o fundo da rede e assinalou a classificação da dona da casa.

O Brasil vinha de uma sequência ruim contra a França, sem nunca ter faturado uma conquista. Nos outro oito encontros das duas seleções femininas, foram cinco empates e três vitórias das europeias.

A França, agora, espera o resultado entre Espanha e Estados Unidos - que medem forças nesta segunda-feira (24), a partir de 13h - para saber seu próximo adversário. O jogo pelas quartas de final acontece na sexta-feira (28), às 16h, no estádio Parc des Princes, em Paris.

O jogo Os primeiros minutos de jogo foram com muitas perdas de bola para as duas equipes. A França, porém, conseguia atacar mais, se mantendo no campo ofensivo. Aos cinco minutos, já tinha batido dois escanteios - mas a tática usada, com as jogadoras em uma rodinha durante a cobrança, não funcionou.

Aos oito, o Brasil teve uma boa oportunidade. Marta recebeu a bola no meio-campo, limpou a jogada, driblou duas adversárias e chutou, mas foi  longe do gol. A França respondeu aos 10, quando ganhou uma falta frontal, batida, com força, por Henry - só que a bola foi por cima da meta de Barbara. 

Aos 22, as donas da casa  chegaram a balançar a rede. Diani conseguiu driblar por Tamires e cruzou de direita, levantando a bola na área.  Bárbara saiu mal, Gauvin apareceu e tirou a goleira do lance, mandando a bola para o fundo do gol. Porém, a árbitra analisou toda a jogada no vídeo e viu falta, anulando.

O Brasil ganhou confiança na sequência. Após boa troca de passes, Thaisa lançou para Tamires, livre, mas a goleira Bouhaddi afastou o perigo. Aos 33, a zagueira Renard fez dura falta em Debinha e recebeu amarelo. Marta bateu de esquerda, a zaga rebateu, Thaisa devolveu à camisa 10 e, para cima de Torrent, conseguiu escanteio. Marta cobrou, Cristiane se antecipou para acertar o cabeceio, só que não deu - Bouhaddi defendeu.

Aos 42, mais uma bela chance para o Brasil. Debinha veio da esquerda, sofreu o desarme e a bola sobrou para Cristiane. A jogadora invadiu livre a área e chutou cruzado, só que a goleira da França defendeu com o pé.

As europeias responderam aos 47. Aproveitando uma falha do Brasil na saída de bola,  Bussaglia buscou Majri, livre na área - só que a lateral, com uma bomba, enviou para fora.

A França abriu o placar pouco depois da volta do intervalo. Aos seis minutos do segundo tempo, Diani fez jogada pela direita, passou por Tamires cruzou rasteiro na área. Gauvin empurrou e mandou para o fundo da rede. 

Na sequência, o Brasil ganhou uma falta, cobrada por Marta. Cristiane subiu para cabecear, mas a bola bateu na mão da goleira e foi para o travessão.

Pouco tempo depois, quase a França ampliou, em uma bobeira da equipe do técnico Vadão. Em uma cobrança de escanteio, Bárbara saiu mal e não alcançou a bola. Renard, porém, cabeceou fora da direção e Formiga tirou o perigo. 

O gol do Brasil chegou aos 18 minutos - e com emoção. Debinha avançou pela esquerda, cruzou, Thaísa aproveitou a sobra e finalizou, de canhota. Só que a auxiliar assinalou impedimento de Debinha. O VAR revisou e garantiu a posição legal.

A seleção brasileira, então, começou a deixar a França jogar, dando mais espaço para a rival trabalhar a bola - e exigindo de Bárbara uma sequência de defesas. Só foi aos 40 que conseguiu voltar a ter uma boa chance, quando Cristiane sofreu falta. Andressinha cobrou direto, só que Bouhaddi segurou.

Na sequência, a camisa 11 achou Tamires livre na área, invadiu e chutou forte para o fundo da rede. Porém, estava em posição irregular e a auxiliar anotou o impedimento. Sem as equipes conseguirem chegar ao gol, a partida foi para a prorrogação.

Emoção

Aos 3, Cristiane chutou, fraco e sem problemas para a defesa francesa. Só que a atacante sentiu a coxa esquerda e, carregada, saiu de campo. Aproveitando o baque do Brasil, a anfitriã pressionou com Diani,  mas a bola foi para fora. Outro susto veio depois de uma cobrança de escanteio, quando Henry achou Diani na primeira trave - de novo, foi para fora.

Aos 16, Debinha fez uma chegada incrível - sozinha pela esquerda, invadiu a área e chutou, na saída da goleira. Porém, Mbock, em cima da linha, evitou o gol do Brasil.

A vitória da França chegou ainda no primeiro minuto do segundo tempo da prorrogação. Majri bateu falta de direita, a bola foi levantada na área e Henry, que se antecipou à marcação de Mônica, apareceu livre para bater para o fundo da rede.