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Documentário está no Globoplay em quatro partes, com depoimento da cantora e imagens de arquivo do craque
Roberto Midlej
Publicado em 5 de março de 2022 às 07:00
- Atualizado há um ano
É possível traçar um paralelo entre a trajetória do casal Garrincha e Elza Soares com a história do filme Nasce Uma Estrela, que já teve quatro versões, a mais recente de 2018, com Lady Gaga e Bradley Cooper. Ela é uma cantora em ascensão e ele, um talentoso cantor que se entrega ao alcoolismo e vê sua carreira em decadência.
Com a cantora e o craque brasileiros, foi mais ou menos assim, como mostra a série Elza & Mané – Amor Em Linhas Tortas, que estreou nesta sexta (4) no Globoplay. Em quatro capítulos que acompanham as diferentes fases do casal, percebemos uma Elza em ascensão e um Garrincha em decadência. Enquanto ela iniciava na carreira - havia gravado o primeiro álbum dois anos antes -, ele sofre com problemas no joelho e, principalmente, com o alcoolismo.
No início do namoro, o jogador ainda estava no auge, pois havia sido o craque da Copa de 1962. Mas, dali em diante, sua carreira ruiu: ele se dividia entre os gramados e os bares, o que levou problemas também para casa.Elza era agredida por Garrincha, como se soube mais tarde. Registre-se: embora o jogador estivesse embriagado nos momentos das agressões, o alcoolismo, como aponta o filme, jamais poderá ser usado como "justificativa" para isso.O relacionamento dos dois era marcado ainda por uma outra questão: Elza era acusada pela moralista e machista sociedade da época de ser a causadora do fim do casamento de Garrincha com Nair, com quem ele tinha sete filhas. Mas o documentário chega, também, para desfazer essa ideia e fazer uma importante reparação, afinal Garrincha já era grandinho o bastante para decidir sobre o fim do próprio casamento.
Não bastasse ter sofrido com a fome e com a violência também com o primeiro marido, Elza tinha que carregar a pecha de ser "a outra". Um dos filhos dela, João Carlos, lembra que um dia, quando saiu com a mãe, arremessaram contra eles um saco cheio de xixi. É que, além de ser responsabilizada pelo fim do casamento anterior do craque, ela também levou a culpa pela decadência profissional dele. Para destruir esse machismo de que a cantora foi vítima, a produção fez uma importante escolha: escalou uma mulher para a direção, a jornalista Caroline Zilberman.
Garrincha aparece em ótimas imagens de arquivo, tanto em jogos como em entrevistas. Em alguns momentos, angustia vê-lo com a voz embolada, embriagado. Deprime vê-lo alheio à homenagem que era feita a ele pela Mangueira.O craque sequer conseguia ficar em pé no carro alegórico em 1980.Por outro lado, os depoimentos de Elza, gravados poucos meses antes de sua morte, mostram uma mulher forte, sem amarguras nem ressentimentos. Há ainda ótimas entrevistas de amigos do casal, como Chico Buarque, que se aproximou deles na época em que viviam na Itália. O cantor revela como o craque era no dia a dia. Jornalistas esportivos como José Trajano e Juca Kfouri também aparecem para desfazer mitos em torno do craque. Batman está em busca de um impostor que se passa por ele Gostou do novo filme Batman? É fã do herói criado por Bob Kane? Então corra para ler mais uma aventura do Homem-Morcego, que a editora Panini está lançando: é a edição definitiva de Batman: O Impostor, que havia saído em três volumes e volta em um formato caprichado, em capa dura, com 160 páginas, por R$ 75. Nesta aventura, o herói descobre que há alguém interessado em acabar com sua reputação e, para isso, se veste como ele e comete terríveis crimes. Como se não bastasse, os transmite ao vivo. É claro que Gotham logo estará atrás do verdadeiro Batman, que tentará provar sua inocência, em busca do impostor. A HQ já está à venda no site da Panini e nas livrarias. O roteiro é de Mattson Tomlin, e as artes são de Andrea Sorrentino. E, se quer voltar à infância, corra para comprar o novo álbum de figurinhas do filme The Batman, que chega no dia 11. São 125 cromos, sendo dez brilhantes no escuro.
Documentário seguido de debate O documentário Sem Descanso terá uma sessão neste domingo (6) seguida de debate com o diretor Bernard Attal e um representante da OAB. A exibição é motivada pela ação policial que resultou no dia 1º na morte de três negros na Gamboa: Alexandre Santos, Patrick Sapucaia e Cauê Guimarães. Sem Descanso mostra a jornada de Jurandy, que tenta desvendar a morte do filho, Geovane, desaparecido após ser parado por PMs. O filme surgiu depois de uma reportagem de Bruno Wendel com Jurandy no CORREIO. Saladearte do MAM. Domingo (6), 10h15. Grátis