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Mistura entre cinema e música é marca registrada do Cine Concerto
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2022 às 09:00
- Atualizado há um ano
Maestro da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), Carlos Prazeres não esconde o seu chamego com o Cine Concerto, a quem classifica como um dos grandes projetos de sua gestão, que já dura uma década. O concerto faz uma relação entre música e cinema, é um sucesso de público e volta aos palcos nos próximos dias 17 (quinta) e 18 (sexta) de março, às 20h, na Sala Principal do TCA; ingressos custam entre R$ 5e R$ 40. O concerto da sexta terá transmissão no YouTube da Orquestra Sinfônica da Bahia. Os ingressos estão à venda no Sympla.
O Cine Concerto acontece desde 2013 e tem um clima todo especial. Na apresentação, o maestro, os músicos e as musicistas se fantasiarem, entrando no clima dos personagens dos filmes. Esta edição vai levar a cabo a ideia de homenagear música e cinema porque comemora a obra de John Williams, maestro estadunidense que completa 90 anos em 2022 e é autor de trilhas clássicas do cinema. Mais do que isso, ele levou a níveis estratosféricos a popularização de trilhas sonoras e é o que vamos mostrar aqui nessa história. Para estas duas edições, Prazeres pretende atiçar ainda mais a memória afetiva do público, celebrando a obra grandiosa de John Williams, maestro estadunidense que completa 90 anos em 2022 e é autor de alguns dos maiores clássicos do cinema. Mais do que isso, foi ele o primeiro compositor de música sinfônica para a sétima arte a flertar abertamente com o conceito de cultura pop.
Duvida? Basta citar alguns exemplos para se ter ideia do que estamos falando. Entre os trabalhos mais conhecidos de Williams estão as trilhas dos filmes Tubarão (1975), E.T. - O Extraterrestre (1982), Jurassic Park (1993), além das sagas Indiana Jones, Harry Potter e Star Wars, peças que já têm cadeira cativa em todo Cine Concerto. Músicos entram no mundo da fantasia durante Cine Concerto (Foto: Taylla de Paula/Divulgação) A grandeza de John Williams, nascido em 8 de fevereiro de 1932, pode ser medida por outro critério que não só como fenômeno da cultura de massa. Seu trabalho, apresentado em mais de 80 filmes, já recebeu 52 indicações ao Oscar - ele é a pessoa viva com mais indicações na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. No geral, perde apenas para Walt Disney, que teve 59 indicações.
História do cinema Prazeres explica que Williams faz parte de uma tríade de compositores importantes para a história do cinema, junto aos italianos Ennio Morricone e Nino Rota. Williams é influenciado por clássicos como Richard Strauss, Anton Bruckner e Gustav Mahler, levando essas referências para o cinema.
“Ele também segue muito algo que o compositor alemão Richard Wagner classificou como leitmotiv, o motivo condutor: ou seja, quando aparece um personagem, aparece uma música ligada a esse personagem. Isso foi uma coisa criada por Wagner nas óperas dele”, diz.
Carlos Prazeres ressalta que os 90 anos de Williams precisam ser celebrados com pompa, principalmente levando em consideração que continua ativo. Ele acabou de lançar um novo álbum conduzindo a Orquestra Filarmônica de Berlim e trabalha na trilha do quinto filme da série Indiana Jones, que deve ser lançado nos cinemas em 2023.
“Williams tem uma importância ímpar para a orquestra sinfônica. Sua forma de compor é a verdadeira tradução sensorial da música dos compositores do fim do século XIX e início do século XX para a cultura pop, ou seja, o cinema mainstream”, explica.
O concerto dura 2h30, terá 11 peças e é considerado o maior elo de ligação entre a orquestra e seu público. Prazeres avalia que a iniciativa é responsável por mudar a visão da Osba para o público, aproximando as pessoas da música de concerto: “Um organismo dinâmico e divertido em todas as suas apresentações”.
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O concerto presencial é limitado às pessoas que apresentarem comprovação de vacinação mediante apresentação do documento fornecido no momento da imunização ou do Certificado COVID, obtido através do aplicativo “ConecteSUS” do Ministério da Saúde, que contenha a confirmação de: I - duas doses da vacina ou dose única, para o público geral; II - uma dose da vacina para crianças e adolescentes alcançados pela Campanha de Imunização contra a COVID-19, observado o prazo de agendamento para segunda dose [ou seja, se a criança ou adolescente já tiver sido convocado para a segunda dose, sua comprovação de vacinação deverá demonstrar que ele/ela já tomou a segunda dose também]; III - doses de reforço subsequentes da vacina para o público alcançado por esta etapa da Campanha de Imunização contra a COVID-19.
TOP 5 de John WilliamsSTAR WARS (1977) Você pode até não ser íntimo da série Star Wars. Mas, certamente, já ouviu os acordes da Marcha Imperial ou o tema dos Jedis pelo menos uma vez na vida. Uma das maiores trilhas sonoras de todos os tempos, quase não foi escrita por John Williams porque George Lucas, o criador da franquia, imaginava algo como Stanley Kubrick fez em 2001: Uma Odisseia no Espaço. Steven Spielberg, que havia trabalhado com Williams em Tubarão, foi o responsável pela ponte entre os dois. O resultado deu tão certo que se perpetuou em nove filmes da saga principal.
INDIANA JONES (1981) Aqui quem fala alto é o espírito de aventura, que John Williams propõe para que o público siga pela trama no mesmo ritmo do arqueólogo Indiana Jones, personagem icônico de Harrison Ford. Steven Spielberg começou a trabalhar com Williams em Tubarão e essa parceria seguiu em outros clássicos como E.T., Jurassic Park e A Lista de Schindler.
E.T. - O EXTRATERRESTRE Para acompanhar o conto de fadas contemporâneo proposto em E.T. - O Extraterrestre, John Williams propôs uma ode à empatia diante daquela criatura tão estranha que se vê sozinha num planeta desconhecido. Um dos muitos Oscars e Globos de Ouro que John Williams guarda na estante.
JURASSIC PARK (1993) Outro exemplo de música que fica na memória do público apareceu de maneira inusitada na partitura de John Williams. Ela surgiu após o exercício mais leve e divertido feito em Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York, e antes da densidade de A Lista de Schindler. Wlliams propõe uma trilha que sugere uma linha de intersecção entre a fragilidade do homem e a grandeza dos dinossauros.
HARRY POTTER (2001-2012) A música que embala as aventuras do bruxinho Harry Potter no cinema quase funciona como um personagem da trama que gira em torno do castelo de Hogwarts e de seus alunos, misturando em seu corpo elementos que sugerem magia, tensão e encanto.