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Palacete das Artes terá exposição, yoga, cinema e bazar em novembro

Museu celebra 15 anos de fundação com programação especial

  • Foto do(a) author(a) Roberto  Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 8 de novembro de 2022 às 06:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: fotos: divulgação

Houve um tempo em que museus eram aqueles lugares de atmosfera meio sisuda, formal, quase sagrada. Um espaço voltado quase exclusivamente para intelectuais. Mas isso mudou e agora essas instituições querem se aproximar cada vez mais da comunidade, sem medo de se tornarem populares. Há um tempo, quem imaginava que um museu seria sede de uma sessão de ioga ou meditação? Ou ainda, de um show que fosse capaz de juntar 500 pessoas?

Pois o Palacete das Artes, no bairro da Graça, está comemorando 15 anos de inaugurado e cada vez mais tenta tornar sua sede atraente para os soteropolitanos. O mês de novembro terá uma programação intensa, com bazar, show de Roberto Mendes, mostra de cinema, artesanato e, claro, exposições. Murilo Ribeiro dirige o Palacete desde a fundação Casa aberta Murilo Ribeiro, diretor do Palacete e também artista plástico, defende que o museu "precisa ter importância na vida das pessoas". "Uma vez se queixaram, dizendo que o museu estava virando um parque de bairro. Acho ótimo! Quero que o museu seja uma casa aberta, que se popularize e que as pessoas se sintam bem aqui", diz Murilo, que dirige a instituição desde a fundação.

"O museu tem que ser para todos e tem que ter uma preocupação com educação, entretenimento, filosofia, ética e saúde. Por isso, realizamos sessões de ioga, palestras e cursos voltados para a saúde mental. E tudo isso foi incrementado depois da pandemia", acrescenta Murilo.

O diretor diz que a realização de atividades culturais e de entretenimento acaba atraindo um público que talvez não fosse ao museu e, a partir daquela ida a um show, por exemplo, pode se tornar um visitante recorrente. "Esses eventos criam um hábito de ir ao museu. Eu era resistente, por exemplo, à realização de bazares no Palacete, porque achava difícil fazer um controle de qualidade dos produtos. Mas abrimos as portas para o Bazá Rozê, que é um sucesso e deu oportunidade a artesãos e artistas que divulgam os trabalhos deles aqui após a pandemia, que foi um período bem difícil para eles". Exposição Ojú Okan Orixás O BazáRozê é realizado no Palacete desde dezembro do ano passado. Embora a feira seja aberta a empreendedores de todos os gêneros, a organização estimula principalmente as mulheres e o evento se identifica como uma "feira artística feminista".

"Essa parceria com o Palacete fortalece o empreendedorismo feminista. Reunimos cerca de 90 marcas e mais de cem pessoas, dando oportunidade também a artistas de teatro, circo, música...". O próximo BazáRozê será no dia 19 e 20 deste mês. O Palacete tem também uma loja permanente de produtos de cerâmica, com criações de artistas que foram profissionalizados em cursos no museu.

Orixás Também em novembro, está acontecendo no Palacete a exposição Ojú Okan Orixás, em referência ao Mês da Consciência Negra. Inaugurada na última sexta-feira, a mostra reúne fotos de André Fernandes e criações dos artistas plásticos Edmundo Reis, Sérgio Amorim e Sérgio Bordim.

André registrou as fotografias em 2014, no Terreiro Ylê Axé Alaketu. "Fotografei os orixás para documentar as vestes e indumentárias. Então, é um trabalho documental, que eu não classificaria como artístico", diz o fotógrafo, que, embora não seja filho de santo, se identifica como seguidor do candomblé.

André diz que o objetivo da exposição é contribuir para se acabar com o preconceito que existe contra as religiões de matriz africana. "Não é para falar de religião, mas de cultura, porque, queiramos ou não, o candomblé integra nossa cultura". O título da exposição significa, em português, "olhos, coração, orixás" e, segundo André, a mostra serve para que o visitante admire sem preconceito a ancestralidade da Bahia. André assina as fotografias e os outros três artistas plásticos fizeram criações inspiradas nessas imagens.

Yoga Neste domingo, 13, das 8h30 às 9h30, será realizada mais uma edição do Amanhecer com Yoga no Palacete, coordenado por Carla Dantas, que realiza a atividade há oito anos no museu. "A yoga entra no Palacete para dizer que todos os corpos ali têm suas próprias linguagens. Na aula, sempre digo que essa prática é para que vários corpos tenham acesso ao espaço", diz Carla, que no domingo passado deu aula na Sala Contemporâneo, em meio a obras de arte.

Novembro terá ainda um show de Roberto Mendes, no dia 27, que marcará a retomada do Domingos Musicais. O Cinema no Palacete também está voltando, a partir desta terça, dia 8, às 16h30. Em novembro, os filmes vão ser voltados para questões raciais. O documentário O Milagre do Candeal, sobre o projeto social que Carlinhos Brown desenvolve no Candeal, marca a abertura da programação cinematográfica de novembro. Todas as atividades no Palacete são gratuitas, com exceção de alguns cursos promovidos por terceiros. Milagre do Candeal abre a programação de cinema