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Jingle político cai no gosto popular e toma conta de toda a cidade

Conheça a história da música do Psol que está na Pova do Povo

  • D
  • Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2008 às 12:27

 - Atualizado há um ano

Se o Carnaval de Salvador fosse este mês, a disputa pela música campeã não teria nem graça. Seja na boca do povo ou nos toques de celulares, o jingle da campanha do candidato a prefeito Hilton Coelho (Psol) tomou conta da capital baiana e ganhou até versão de Ivete Sangalo no Sauípe Folia, no último dia 12.

'Não estou preparado para esses 15 minutos de fama', comenta, surpreso, o funcionário público e militante do Psol, Edinei Pereira, compositor de Na Capital da Resistência. 'Tento manter uma postura discreta. É uma coisa esquisita ver todo mundo cantando, até meu filho de 2 anos, mas a sensação é boa', revela.

Edinei Pereira 'é esquisito este sucesso todo'

Nascido no bairro da Liberdade, Edinei, que já havia escrito a música da campanha do Psol para o governo estadual em 2006, buscou inspiração na própria história de vida. 'Procurei usar essa sensibilidade. Mostrar o povo que acredita na mudança e na resistência', completa.

'A letra chegou para mim cheia de protesto e dei a idéia de fazer algo no estilo Edson Gomes', conta o produtor musical Duda Silveira, que gravou o vocal e todos os instrumentos do jingle e formulou o refrão grudento.

Duda Silveira, produtor do Estúdio WR, é a voz do jingle

Ele destaca que não tinha a intenção que a voz ficasse parecida com a do cantor de Malandrinha. 'Acabou que o tom da música ficou alto e no resultado final ficou assim. Foi uma grande coincidência', garante o produtor, fã do reggaeman e que no momento trabalha no primeiro disco da própria banda, chamada T-Regx.

O imenso sucesso do jingle surpreendeu letrista e cantor. 'Não tínhamos a intenção de causar tanto impacto', ressalta Edinei. 'Eu acho maravilhoso. Um amigo meu me ligou da Boomerangue (boate) me dizendo que o DJ estava tocando a música', declara Duda.

O compositor afirma que não recebeu nada pela letra. 'Era uma tarefa minha para o partido. É uma iniciativa coletiva'. Já o cantor não diz quanto foi o cachê, mas revela que 'não foi muita coisa, até porque o partido é pequeno'.

NAS PISTAS DE DANÇA

Com repertório voltado à blackmusic, o DJ Bandido crê que Na Capital da Resistência tem tudo para ganhar as pistas dos bares e boates de Salvador. 'A música é forte e tem uma pegada legal. Além disso, tem tudo a ver com a Bahia, que tem o reggae na veia', declarou.

Edinei acredita que esta escolha de ritmo foi de fundamental importância para que o jingle tomasse conta da cidade. 'Estávamos em dúvida entre um reggae ou um hip-hop, por serem gêneros ligados à resistência popular', destaca.

Na cidade, até as crianças já cantam. A pequena Mariana Lins, de apenas 3 anos, cantarola o jingle o tempo inteiro. 'Hilton é feio, mas a música é boa', diz. 'A melodia é simples, lembra a musicalidade de Edson Gomes', comenta a secretária Patrícia Araújo.

O sucesso não subiu à cabeça do compositor que, por incrível que pareça, gosta mesmo é de rock. Mas e se Ivete Sangalo o convidar para fazer uma música? 'Não descarto nada, mas tem que ver se ela iria gostar (risos)', declara. A popularidade do jingle é tanta que já existe até uma versão em voz e violão.

(Reportagem publicada na edição de 25/09/2008 do CORREIO)