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Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2024 às 13:14
A médica neurologista Cláudia Soares Alves, presa sob suspeita de sequestrar uma bebê em um hospital de Uberlândia, em Minas Gerais, teve registro no Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) por cerca de dois anos.
Entre 28 de dezembro de 2007 e 1º de dezembro de 2009, Claudia integrou o Cremeb com o número de cadastro 19692. No momento, segundo o portal do Conselho Federal de Medicina (CFM), ela possui registros ativos nos estados de Minas Gerais e Goiás. A médica ainda declara que fez seis meses de residência em Neuropsiquiatria na Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Cláudia Alves foi presa em flagrante em Itumbiara, sul de Goiás, e a recém-nascida foi resgatada e já está com a família, sem ferimentos. A médica foi autuada em flagrante por sequestro qualificado.
Graduada pela Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, a médica declara possuir grande experiência na área. Segundo ela, desde 2019 é professora efetiva da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Goiás. Em seu site, Cláudia afirma ainda ter feito residência em Clínica Médica na Universidade Federal de Uberlândia, dentre outros feitos.
Sequestro
A recém-nascida foi sequestrada por Cláudia na maternidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Ela entrou no quarto da família e afirmou ser uma pediatra que levaria a bebê para se alimentar.
Cláudia saiu do hospital com a menina em uma mochila e foi embora de carro. A médica foi presa no Jardim Morumbi, em Itumbiara, quando chegava em casa, na quarta.
Na prisão, os policiais encontraram um enxoval preparado para uma bebê do sexo feminino. O delegado Anderson Pelágio afirmou que isso indicaria uma premeditação.
“Ela comprou vários apetrechos para a bebê, como, fralda e carrinho, o que dá informações de que ela premeditava os fatos. Ela não demonstrou motivação ou se iria ficar, registra a bebê no nome dela ou passar para uma terceira pessoa”, disse Pelágio à TV Anhanguera.
Gravidez e transtorno bipolar
Segundo o portal G1, o advogado de Cláudia, Vladimir Rezende, explicou que ela é portadora de transtorno bipolar e, no momento do sequestro, se encontrava em crise psicótica, não tendo capacidade de discernir sobre o que estava fazendo.
A defesa disse ainda que Cláudia tinha mudado sua medicação por conta de uma suposta gravidez. "Com a alteração dos medicamentos, ela teve um surto, um surto psicótico. Nossa defesa vai ser essa, porque realmente é o que aconteceu", afirmou Vladimir.