Caso Djidja: em depoimento à polícia, mãe afirma que filha morreu de depressão

Ex-sinhazinha, segundo Cleusimar, não morreu por cetamina

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Publicado em 13 de setembro de 2024 às 11:50

Caso Djidja, de Manaus
Caso Djidja, de Manaus Crédito: Redes sociais

Durante a audiência de instrução e julgamento, que ocorreu no dia 4 de setembro, Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja Cardoso, informou que a filha morreu de depressão, negando que a ex-sinhazinha tivesse morrido pelo uso excessivo de cetamina.

"A cetamina não foi a solução para Djidja, mas ela lutou contra a depressão usando cetamina. Não que a cetamina tenha causado a morte dela; na verdade, ela tomava altas doses de clonazepam, o que eu considero mais arriscado e perigoso do que a cetamina", disse em depoimento.

Djidja foi encontrada morta em casa no final de maio, em Manaus. A polícia suspeita que a causa da morte tenha sido overdose da droga sintética, que também pode ser utilizada em animais, causando dependência e alucinações.

Segundo o g1, que teve acesso ao depoimento da mãe da modelo, Cleusimar, seu filho Ademar Cardoso, o ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto, e outras sete pessoas estão sendo investigados por tráfico de drogas. A mãe e o filho estão sendo acusados pelo Ministério Público de serem integrantes de um esquema de tráfico de entorpecentes.

Ao contrário do que foi noticiado quando as primeiras informações circularam no começo do ano após a morte da modelo, Cleusimar negou que a família estivesse envolvida em uma seita.

O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a modelo morreu devido a um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e respiração. No entanto, o laudo oficial ainda não foi divulgado.

No depoimento, Cleusimar ainda afirmou que estudou sobre psicodélicos e como eles poderiam tratar depressão e ansiedade. Além disso, informou que as drogas eram adquiridas por meio de aplicativos, sem conhecer quem fornecia. Em outro momento, ela disse que "Pai, Mãe, Vida" não era uma seita, mas uma expressão que Jesus falava.

Ainda na conversa com a polícia, ela afirmou que chamava outras pessoas para fazer parte da 'Seita', como funcionários do salão onde trabalhava e os colocava 'Cartas de Cristo' para orientar os clientes por meio dos funcionários. E, por fim, negou que o filho, Ademar, tenha estuprado uma namorada enquanto estivesse sob efeito de cetamina.

"Eles usavam a droga sozinhos. Eu usava em casa e não participava de negociações ou vendas. Apenas usava na minha mesa, para quem quisesse usar. Antes de começar, estudei sobre a cetamina", comentou.

Por fim, ela alegou que estava surpresa de seguir presa ainda, já que era apenas usuária de entorpecentes: “Intolerância religiosa é crime. Espero que ninguém me impeça de meditar as cartas de Cristo, que foram escritas por Jesus. Pretendo continuar com meus salões, minhas meditações e seguindo a palavra”.