Cartilha do PCC proíbe 'talaricagem', 'pederastia' e 'malandrismo' na facção

Documento foi apreendido com um detento em uma penitenciária de São Paulo

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Publicado em 25 de junho de 2024 às 09:21

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PCC Crédito: Arquivo/Agência Brasil

Uma cartilha da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) com 45 regras de conduta dos faccionados foi apreendida em uma penitenciária do estado de São Paulo. A informação foi divulgada pelo jornalista Josmar Josino, do portal UOL.

Segundo a reportagem, o preso estava a caminho da enfermaria, quando foi revistado por agentes penitenciários e a cartilha foi encontrada. Exames grafotécnicos confirmaram que o documento foi escrito de próprio punho pelo detento.

Entre as regras, a cartilha trata dos atos de "talaricagem", ou seja, a proibição de qualquer faccionado em se envolver com a mulher de outro integrante do PCC. O "crime" é punido com pena que vai desde a exclusão da organização sem a possibilidade de retorno até medidas mais severas.

Outra lei trata da "pederastia", que se "caracteriza quando alguém mantém relação com pessoa do mesmo sexo", mas difere da homossexualidade "porque o praticante é somente ativo e não passivo".

A cartilha ainda proíbe o "malandrismo", que é descrito como uso da "força física para subtrair algo de algum comparsa". São considerados atos condenáveis e passíveis de graves punições também a calúnia; "caguetagem" (delação) e chantagem (quando uma pessoa descobre algo sobre a outra e usa isso para se beneficiar).