Diversidade faz da Bahia uma potência mineral

Com mais de 200 substâncias conhecidas no subsolo, estado é líder na produção de 18 delas

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Publicado em 13 de setembro de 2024 às 13:25

Carlos Borel, presidente da CBPM Crédito: Divulgação/CBPM

O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Carlos Borel, destacou o papel cada vez mais importância que a Bahia vem desenvolvendo na mineração brasileira. Ele foi um dos palestrantes da 23ª edição da Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram), em Belo Horizonte (MG). O evento, apontado como o maior evento do setor mineral da América Latina e um dos maiores do mundo, ocorreu entre os dias 9 e 12 de setembro e deve ser realizado em Salvador no ano que vem.

Realizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), a Exposibram 2024 contou com mais de 86 mil participantes e 600 estandes. Ao todo, foram realizadas 419 reuniões e rodadas de negócios durante o evento, que gerou mais de 600 horas de conteúdo.

Durante a apresentação, Borel explicou os principais motivos que fazem da Bahia o terceiro maior estado produtor mineral do Brasil e primeiro do Nordeste. Entre os destaques apontados pelo gestor da companhia, está a liderança nacional do Estado da Bahia no que se refere aos investimentos em pesquisa mineral.

O presidente informou que a Bahia possui, atualmente, mais de 200 municípios mineradores e é também líder nacional na produção de 18 substâncias, além de ser o único estado produtor de vanádio da América Latina e o único produtor de urânio do Brasil.

Entre os dados apresentados pelo presidente está a contribuição da CBPM para a Compensação Financeira de Exploração Mineral (CFEM) do Estado da Bahia. De acordo com Borel, as operações das empresas parceiras da companhia representaram quase 30% da CFEM estadual em 2023, que chegou a R$ 170 milhões neste mesmo período.

Outra característica importante do potencial mineral da Bahia, de acordo com Borel, é a diversidade de minerais que podem ser utilizados para as tecnologias de transição energéticas, fundamentais no combate às mudanças climáticas.

“A transição energética para uma economia de baixo carbono é praticamente impossível sem os minerais críticos e estratégicos, que o Brasil e a Bahia possuem. Temos potencial, diversidade e demanda. Somos os artífices do futuro”, ressaltou o presidente da CBPM.