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Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2021 às 04:50
- Atualizado há um ano
A semana descortinou situações latentes na sociedade baiana: em escolas particulares de Salvador ataques e ofensas racistas entre alunos ganharam repercussão. Na quinta-feira, o Senado equiparou injúria racial ao crime de racismo, inafiançável e com penas maiores.
Mas, afinal: a sociedade está mais consciente e vigilante? Neste 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, a edição de fim de semana do CORREIO traz uma reflexão que mostra a articulação consciente e ativa no protagonismo negro para a definição desta data - que comemora exatos 50 anos.
Uma reportagem especial conta como aconteceu o primeiro ato da história do Brasil em alusão ao 20 de novembro. A articulação começou cm um grupo de universitários negros de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que tinha entre os membros o poeta Oliveira Silveira.
Para que a mensagem do grupo fundado por eles, o Grupo Palmares de Porto Alegre, chegasse até outras partes do Brasil, Oliveira Silveira se correspondia com outros militantes por meio de cartas e por artigos que ele mesmo escrevia, sobretudo na imprensa negra. O CORREIO publica, com exclusividade, cartas trocadas entre ele e a historiadora Beatriz Nascimento.
Para pesquisadores, 50 anos depois da data, a oficialização da data da morte de Zumbi dos Palmares em contraponto ao 13 de maio, que não significava abolição de verdade, é uma vitória do movimento negro. O ideal de liberdade de Palmares é o grande legado para a educação.
Em outra reportagem, o diplomata baiano negro Amintas Angel conta a sua história dentro e fora do Palácio do Itamaraty.
Para falar sobre diversidade, tentamos responder a uma pergunta: Dá para conversar sobre racismo com um terapeuta que não seja negro?
O ator baiano Antônio Pitanga batalha há uma década por apoio para realizar um filme sobre a Revolta dos Malês.
Confira também uma seleção de filmes para entender o racismo e o desenrolar dele.
Ainda há uma entrevista com Fernando Granato, que reuniu em livro as revoltas de negros que pressionaram pelo fim da escravização.
Esta edição especial ainda traz uma revisão histórica de dez temas clássicos da História do Brasil que acabaram reforçando o racismo na sociedade brasileira. Os temas foram revistados em dez verbetes por pesquisadores da Rede de HistoriadorXs NegrXs.
Também integrantes da rede, os historiadores Danilo Luiz Marques, Lucilene Reginaldo, Mariana Regis, Silvane Silva e Luciana Barreto Farias escrevem artigos especiais para a edição.