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Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2020 às 12:43
- Atualizado há 2 anos
O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), em conjunto com os Ministérios Públicos Federal (MPF) e estadual de Pernambuco (MPPE), recomendou a divulgação diária do número de infectados e da quantidade de leitos ocupados por pacientes contaminados com a covid-19 nos municípios da região do Vale no Médio São Francisco. A recomendação foi expedida na última sexta-feira (5) para as Secretarias estaduais de Saúde dos dois estados e também para os municípios de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), para a Central de Regulação Interestadual de Leitos (CRIL) e para o Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).>
Segundo a recomendação, as informações devem ser encaminhadas aos MPs e devem especificar o tipo de leito ocupado, se intermediário ou de UTI, e em que unidade médica está localizado. Para os dois municípios e as duas secretarias, foi recomendada a publicação diária dos dados em site devidamente divulgado à população. À Central, foi recomendado também que informe imediatamente sobre qualquer dificuldade na regulação de pacientes com covid-19 para Salvador, depois de atingida ocupação de 70% dos leitos de UTI existentes em Juazeiro e Remanso, na Bahia.>
Conforme a recomendação, não há leitos de UTI suficientes na região do Vale para atender à população das macrorregiões de saúde no Norte da Bahia e Pernambuco, uma vez que a disponibilidade proporcional de vagas estaria abaixo da estimada como adequada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 11 leitos para cada 100 milhões de habitantes.>
Os MPs também apontam que os “principais municípios” da Rede Petrolina e Juazeiro (Peba) resolveram “flexibilizar as regras de isolamento social sem ter demonstrado” que atenderam a requisitos do Ministério da Saúde que permitam “absorver o impacto” da redução do isolamento social, como quantitativo suficiente de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), respiradores, testes laboratoriais, recursos humanos e leitos de UTI e de internação.>
A recomendação é assinada pelas promotoras de Justiça Rita de Cássia Rodrigues, do MPBA em Juazeiro; Ana Paula Cardoso e Rosane Cavalcanti, do MPPE; e a pela procuradora da República Ticiana Andrea Nogueira.>