Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2021 às 17:35
- Atualizado há 2 anos
Um grupo de cientistas da Universidade Goethe, de Frankfurt (ALE), afirmaram nesta quarta-feira (26) ter descoberto a causa dos raros casos de coagulação sanguínea registrados entre algumas pessoas que receberam vacinas contra a covid-19 da AstraZeneca e da Johnson & Johnson.
Rolf Marschalek, professor da instituição, afirmou ao jornal "Financial Times" que os imunizantes poderiam ser ajustados para impedir que essa reação adversa aconteça e que o problema está relacionado aos vetores de adenovírus que as duas vacinas utilizam para transportar a proteína spike do Sars-CoV-2, o vírus causador da covid-19, ao organismo.
Ao invés de direcionar a proteína spike ao citosol, o mecanismo de entrega faz com que as vacinas enviem a proteína para o núcleo das células, gerando a reação que causa os coágulos sanguíneos em cerca de uma em cada 100 mil pessoas.
Marschalek afirmou que Johnson & Johnson já entrou em contato com sua equipe para pedir orientações sobre como evitar os problemas causados pelo imunizante. Apesar do otimismo, outros cientistas afirmam que a hipótese ainda precisa ser comprovada por dados experimentais.
Por fim, o professor da Universidade Goethe afirmou que suas descobertas foram apresentadas ao Instituto Paul-Ehrlich, agência reguladora do governo da Alemanha, e ao órgão que regula as questões de vacinação no país europeu.