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Jairo Costa Júnior, com Luan Santos
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2017 às 15:45
- Atualizado há 2 anos
As suspeitas de ilegalidade nas delações da JBS jogaram uma pá de cal sobre a segunda denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, prepara contra o presidente Michel Temer (PMDB), avaliam parlamentares da bancada baiana em Brasília. Deputados federais ouvidos pela Satélite acreditam que a nova ofensiva dificilmente chegará ao plenário da Câmara. Mesmo que avance, as estimativas agora apontam para uma vitória folgada de Temer. “Janot ficou bastante fragilizado pela omissão de provas e indícios de armação no acordo com os irmãos Wesley e Joesley Batista”, afirma o deputado Félix Mendonça Júnior (PDT), coordenador da bancada do estado na Casa. Segundo o pedetista, o revés de Janot virou motivo de festa entre aliados de Temer.
Fragilidade Para o deputado José Carlos Aleluia (DEM), os fatos de ontem enfraquecem ainda mais as acusações de Janot. “Qualquer denúncia fundamentada em delação suspeita nasce morta”, disse. Por outro lado, o deputado João Gualberto (PSDB) acha que a ação encontraria resistência mesmo sem as supostas irregularidades no acordo da JBS.
Sem estresse O senador Otto Alencar (PSD) não vê problema na saída da ex-prefeita de Barreiras Jusmari Oliveira, que vai trocar o atual partido pelo PSB. “Ela tem mais crédito comigo do que eu com ela, porque nunca votei nela e ela votou comigo várias vezes”, minimizou.
Jovem guarda Vereadora mais jovem do Brasil, a baiana Pâmela Gomes, 20 anos, é uma das apostas do PR para a renovação dos seus quadros. Única mulher na Câmara de Pedro Alexandre, cidade do Nordeste do estado, ela cursa o quarto semestre de Direito e mira a prefeitura em 2020. “Pretendo me candidatar. Tenho muito a contribuir”, diz Pâmela, que é filha do ex-prefeito Petrônio Gomes, assassinado às vésperas das eleições de 2016.
Filha da tragédia Pâmela Gomes lançou a candidatura a vereadora no velório do pai e assumido a liderança política deixada por ele no município de 20 mil habitantes. Ela diz sofrer preconceito pela idade e por ser mulher. “Existe uma cultura machista, mas a população aprova meu trabalho”, afirma.
Pílulas Basta! Sem esconder a insatisfação após a votação do Simplifica ontem, o vereador Moisés Rocha (PT) afirmou que não será mais candidato à reeleição. Um dos motivos é a dicotomia no Legislativo. “É gente que só defende ou elogia. Ficamos igual a burros de tapa olhos. Só enxergamos numa única direção. Não conseguimos encontrar meios termos”, bradou.
Mudança A votação do Simplifica gerou surpresa. O líder da oposição, José Trindade (PSL), que havia cogitado votar favorável ao projeto por considerá-lo positivo, decidiu ficar contra.
Novo round O segundo eixo do Simplifica, chamado Salvador Negócios, que concede incentivos fiscais para promover o desenvolvimento econômico, será votado em 10 de outubro.