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Queda de votação de empréstimo ao governo é atribuída à ofensiva contra PEC da reeleição

Por Jairo Costa Júnior

  • Foto do(a) author(a) Jairo Costa Jr.
  • Jairo Costa Jr.

Publicado em 14 de novembro de 2023 às 11:58

A derrubada da sessão em que seria votado ontem a autorização para o governo do estado contrair empréstimo de R$ 1,6 bilhão junto ao Banco do Brasil, quarto pedido do tipo feito em menos de um ano pela gestão de Jerônimo Rodrigues (PT), foi traduzida como resposta à reação do líder da bancada governista, Rosemberg Pinto (PT), contra a coleta de assinaturas favoráveis à PEC que permite reeleição para a presidência da Assembleia na mesma legislatura. Segundo apurou a Satélite, deputados alinhados ao Palácio de Ondina viram a ofensiva de Rosemberg para barrar a PEC como tentativa de intimidá-los e decidiram boicotar a votação, agendada às pressas pelo petista.

Pane seca

A derrota de Rosemberg começou a se desenhar no início dos trabalhos. Com o plenário às moscas, ele solicitou que fosse convocada uma sessão extraordinária, mas não atraiu o mínimo de 21 deputados exigidos no regimento da Casa. Foi aí que o líder da oposição, Alan Sanches (União Brasil), pediu checagem de quórum e sepultou a votação do empréstimo.

Prova de resistência

Parlamentares das bancadas do governo e da oposição garantiram que, até a noite de segunda-feira, a PEC da Reeleição já havia reunido entre 45 e 50 nomes a favor em ambos os blocos, de um total de 63. O que, avaliaram, revela o tamanho da aderência em torno da proposta e das insatisfações ante as manobras de Rosemberg Pinto para frear a matéria, contrária aos próprios planos de comandar a Assembleia em 2025. Para deputados consultados pela coluna, a queda da sessão serve como sinal claro de apoio aos três articuladores da coleta de assinaturas a favor da proposta: Niltinho (PP), Nelson Leal (PP) e Vitor Bonfim (PV), principais alvos da sanha do líder governista.

Carvão molhado

Ao mesmo tempo, o naufrágio da votação do empréstimo ao governo na segunda demonstra que a farra das ambulâncias não surtiu o efeito esperado. Primeiro porque parte dos recursos que bancaram a compra dos 68 veículos entregues por Jerônimo Rodrigues no último dia 8 a 66 cidades veio de emendas impositivas de 14 ex-deputados estaduais, sendo sete da oposição, conforme noticiado ontem. Depois, não contempla novos parlamentares, que só poderão destinar emendas ao orçamento de 2024.

Segue a lei

Por 10x1, o Supremo Tribunal Federal impôs um duro revés a setores do governo baiano interessados em pulverizar mecanismos da legislação que reduziu a burocracia e modernizou os processos para concessão de licenças ambientais no estado. Em julgamento concluído ontem, a Corte rejeitou os argumentos apresentados pela Procuradoria-Geral da República e declarou a constitucionalidade de artigos que alteram trechos da lei sancionada em 2006 e estão em vigor desde o fim de 2011.

Obra do riso

A garantia de Jerônimo de que a Ponte Salvador-Itaparica sairá em 2029 rendeu gozação nas redes. A piada é de que ele, diferentemente dos dois antecessores, Jaques Wagner e Rui Costa, não prometeu entregá-la em seu mandato, portanto, não deve ser cobrado.

"O resultado foi positivo. Obtivemos grandes avanços, beneficiando tanto a população quanto os trabalhadores, que terão seus direitos garantidos pelos empresários"

Hélio Ferreira, vereador da capital pelo PCdoB e presidente licenciado do Sindicatos dos Rodoviários, ao elogiar o acordo que evitou a greve dos motoristas e cobradores, em entrevista ao portal M!

Vereador de Salvador