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Desembargadora presa na Faroeste entrega nomes de 58 envolvidos em esquema

Sandra Inês Moraes Rusciolelli está cumprindo prisão domiciliar

  • Foto do(a) author(a) Jairo Costa Jr.
  • Jairo Costa Jr.

Publicado em 8 de janeiro de 2021 às 14:40

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

Presa em regime domiciliar desde o fim de setembro, a desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli teria implicado, durante as negociações envolvendo uma eventual delação premiada com a Faroeste, 58 pessoas no esquema de venda de sentenças na Corte. A informação consta em uma petição apresentada à Procuradoria-Geral da República (PGR) pela defesa da magistrada, à qual a coluna teve acesso. Na lista, constam 12 desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), sete deles formalmente investigados pela operação: José Olegário Monção Caldas, Maria das Graças Osório Pimentel Leal, Ligia Maria Ramos Cunha, Ivanilton Santos Silva, Ilona Marcia Reis e os ex-presidentes do TJ Gesivaldo Britto e Maria do Socorro Barreto Santiago, sendo que os três últimos nomes cumprem prisão preventiva por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segunda leva A petição inclui também 11 juízes do TJ suspeitos de receberem propina em troca de decisões favoráveis ao esquema de corrupção.

Por partes Os outros 35 nomes citados no documento se dividem em três categorias. O primeiro reúne filhos e parentes de desembargadores suspeitos de participar da venda de sentenças, grande parte alvo das duas últimas fases da Faroeste, deflagradas no início de dezembro. Logo abaixo aparecem advogados apontados como intermediários da venda de sentenças. O terceiro grupo abriga basicamente funcionários do TJ que atuam em gabinetes de desembargadores afastados pelo STJ e empresários com supostos interesses em decisões favoráveis do tribunal referentes a disputas imobiliárias.

Ciranda no quartel O coronel Paulo Coutinho será nomeado  para o comando da PM nos próximos dias, garantem oficiais da cúpula da corporação. Segundo apurou a Satélite, a saída do atual  comandante, Anselmo Brandão, já estava definida, mas o governador Rui Costa (PT)  decidiu acelerar a troca após o tiroteio que deixou três mortos em Jaguaribe, terça passada. Quadro de elite da PM, Coutinho chefia a Companhia de Policiamento Especializado  da Capital para a região central, foi o primeiro a comandar o Bope baiano e é próximo ao novo subsecretário de Segurança Pública, Hélio Jorge Paixão.

Pulga na orelha Acertada em dezembro, a venda de 14 campos terrestres de petróleo da Petrobras no Recôncavo baiano, por aproximadamente R$ 1,25 bilhão, corre sérios riscos de naufrágio. Isso por causa dos pepinos judiciais e financeiros enfrentados pela 3R Petroleum, empresa tocada por executivos oriundos do falido Grupo X,  encabeçada pelo ex-bilionário Eike Batista. Como o presidente da companhia, Ricardo Savini, responde a mais de 600 processos por calote em nove estados brasileiros, a Petrobras desconfia que a 3R não terá caixa suficiente para pagar a conta.

Em aberto Até o momento, os “herdeiros” do Grupo X repassaram à estatal US$ 10 milhões no fechamento do negócio. Para concluir a compra, porém, faltam ainda US$ 240 milhões.

Aspa "Amanheci com uma notícia que me deixou  abalado. A partida de um amigo, irmão, conselheiro e talentoso guru de toda uma geração. Não tenho mais lágrimas para lamentar a dor", João Roma, deputado federal pelo Republicanos da Bahia, ao comentar ontem a morte do prefeito da cidade paranaense de Campo Largo,  Marcelo Puppi, padrinho de casamento de Roma, por complicações de decorrentes da covid.