O que pensam os adversários de Lula na Bahia sobre o futuro de Bolsonaro?

Adversários de Lula acreditam que o ex-presidente vai repetir a mesma estratégia adotada pelo atual presidente na campanha de 2018

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  • Rodrigo Daniel Silva

Publicado em 10 de junho de 2024 às 18:50

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Adversários de Lula (PT) na Bahia acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai repetir a mesma estratégia adotada pelo atual presidente na campanha de 2018.

Naquele ano, mesmo Lula sabendo que estava inelegível por ter sido condenado na segunda instância, ele manteve sua candidatura ao Palácio do Planalto até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferir sua candidatura no dia 1º de setembro. Só 10 dias depois, o PT lançaria o ex-prefeito de São Paulo e atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como o substituto de Lula e postulante à Presidência.

Para os oponentes de Lula na Bahia, Bolsonaro repetirá a estratégia. Ele manterá sua candidatura a presidente da República até o TSE indeferir, e só depois anunciará o seu substituto lá para setembro de 2026, como aconteceu com o petista.

O resultado?

É que o atual governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), pode acabar não sendo candidato à Presidência em 2026. Isso porque, para entrar na disputa presidencial, ele terá que renunciar ao posto em abril e, por temer não ser escolhido por Bolsonaro, é possível que decida concorrer à reeleição ao governo paulista.

Impactos

A avaliação ainda dos adversários de Lula na Bahia é que a oposição baiana terá que aguardar a movimentação de Bolsonaro para montar a estratégia eleitoral aqui. Como já noticiou esta coluna, os oposicionistas baianos ao PT trabalham com nomes para a presidência: Tarcísio de Freitas e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

Tarcísio é visto como um nome mais forte hoje para desbancar Lula, já que comanda o estado onde mora a maior parte do eleitor brasileiro. Ele tem maior visibilidade pública e, ao comandar a maior máquina pública estadual, conseguiria agregar mais apoio político. A ideia dos oposicionistas baianos é que a direita e a centro-direita marchem unidas no pleito de 2026.