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Coluna Pombo Correio
Publicado em 26 de julho de 2024 às 05:00
Por que não te calas?
A equipe de marketing de Geraldo Júnior, pré-candidato a prefeito de Salvador pelo MDB, tem quebrado a cabeça por conta do passado contraditório dele. Cada vez que tentam atacar uma área da prefeitura, recebem uma nova invertida. “Para que ele foi dizer isso?”, desabafou um publicitário ao citar a entrevista que Geraldo deu a uma rádio local, gabando-se de ter 40 seguranças pessoais e ainda revelar que ia aumentar esse número, pois ele é a segunda autoridade da Bahia.
Invertida
A declaração do vice foi explorada, nesta quinta-feira (25), durante a convenção que confirmou a candidatura de Bruno Reis, no Centro de Convenções. Ao citar a grave crise de segurança que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) se mostra incapaz de reconhecer e enfrentar, o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) disse: “O vice dele (Geraldo Júnior), que tem 40 policiais para fazer a segurança de uma só pessoa, está vivendo em tranquilidade. O povo pobre, da periferia, está morrendo vítima do tráfico de drogas".
Adesão sem caderninho
A convenção que confirmou nesta quinta-feira a candidatura de reeleição de Bruno Reis ficou marcada por uma adesão popular nunca antes vista nas campanhas eleitorais de Salvador, do mesmo modo que reuniu forças políticas de todos os espectros atraídas pela visível capacidade de Reis em agregar. “Não trabalho com caderninho, com ameaça”, acenou Bruno Reis.
Direto ao ponto
Na convenção que confirmou nesta quinta-feira a candidatura de reeleição de Bruno Reis, o prefeito resolveu estabelecer uma diferença clara logo na largada: "Eu não traio ninguém, não sou lá e lô, não sou lero lero". A mensagem foi direta ao ponto.
O tempo do JeroVerso
Após as recentes declarações do governador Jerônimo Rodrigues sobre a violência na Bahia, é impossível não perguntar se as dimensões de tempo do mundo real são as mesmas do JeroVero - o universo paralelo que parece só existir na cabeça do petista. Ao falar sobre o tema, disse que “distúrbios de saúde” levam as pessoas a terem a sensação de insegurança e ainda declarou que os problemas de segurança pública “não se resolvem de um dia para o outro”. Depois de 18 anos de PT no poder, só no JeroVerso para tais declarações fazerem sentido.
Sinal vermelho I
A nova pesquisa divulgada nesta semana deixou o grupo da prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), em polvorosa por três razões fundamentais. A primeira é que a candidata do União Brasil, Débora Régis, lidera em todos os cenários com mais que o dobro de vantagem sobre Rosalvo (PT), escolhido de Moema. O segundo é que a rejeição da prefeita, conforme os dados, chega a quase 70%. Por mim, no cenário com apoios de lideranças estaduais e nacionais, Rosalvo não cresce para além da margem de erro e Débora, com o apoio de ACM Neto e Bruno Reis, mantém o dobro de vantagem.
Sinal vermelho II
O sinal vermelho também foi aceso em Camaçari, onde o ex-prefeito Luiz Caetano (PT) vai enfrentar o candidato do União Brasil, Flávio Matos, que conseguiu reunir cerca de 15 mil pessoas e lideranças políticas de diversos partidos durante sua convenção, na última quarta-feira (24). Aliados de Caetano confessaram que ficaram surpresos com o tamanho do evento, tanto pela adesão popular quanto pela presença de caciques políticos. A convenção ainda deu o tom do que será a campanha, com lembranças das traquinagens e das promessas nunca cumpridas de Caetano. O ex-prefeito, que já se autoproclamava prefeito eleito, vai ter que colocar as barbas de molho.
Atirou sem calcular
Na tentativa de fazer ataques a todo custo ao prefeito Bruno Reis, o vice-governador Geraldo Júnior começou a disparar críticas sobre o serviço de saúde em Salvador. Mas depois que colocou a caravana na rua, foi avisado que a gestão de Bruno completa o primeiro mandato com quatro novos hospitais construídos e administrados pela própria prefeitura, o que é um feito inédito para gestões municipais. Por outro lado, assessores do governo Jerônimo temem que a réplica contra os ataques de Geraldo acabe mirando na fila da regulação, batizada pelo povão de fila da morte, responsabilidade do governo do estado. Mais uma vez o emedebista atirou sem calcular.
Armadilha do Galego
O senador Jaques Wagner (PT) colocou o governador Jerônimo Rodrigues em outra saia justa por causa de arrumações eleitorais pelo interior do estado. O impasse mais recente mora em Bom Jesus da Lapa, onde o Galego entrou com tudo para reeleger Fábio Lima, recém filiado ao PT, após rompimento com seu padrinho político, Yuri Ribeiro. Na última sexta, ao desembarcar na cidade, Jerônimo teve que acender vela para dois santos. Não podia dizer não a um deputado da sua base, nem contrariaria as ambições do seu partido. No final das contas deu um Joinha para cada um dos pré-candidatos e como se diz um popular se picou.
Dor de cabeça
O prefeito de Irecê, Elmo Vaz (PSB), tem passado por maus bocados na região. Em forte articulação para viabilizar uma candidatura a deputado federal em 2026, o socialista tem tido dificuldades tanto em Irecê quanto em outros municípios em que tenta construir bases. Em seu próprio curral eleitoral, o seu escolhido para disputar a eleição, Murilo Franca (PSB), não decola nas pesquisas e vê Figueiredo Amorim (PDT) cada vez mais isolado na liderança da corrida eleitoral. Em outros municípios da região, prefeitos adversários, que Elmo tentou a todo custo derrubar, estão cada vez mais fortalecidos. Por lá, o povo tem lembrado a Elmo o velho ditado: a soberba precede a ruína.
Traque de massa
O deputado federal Zé Neto (PT) disse que estava preparando um grande anúncio para tentar competir com o enorme fato político que foi a união entre o ex-prefeito Zé Ronaldo (União Brasil) e o deputado estadual Pablo Roberto (PSDB). Criou um frisson na cidade, pois havia expectativa de uma novidade, como tirar um partido grande da base de Zé Ronaldo ou a mudança de lado de algum político renomado do município. Mas aí veio a bomba (contém ironia): ele se licenciou do cargo para se dedicar à campanha. A bomba virou traque de massa.