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Jerônimo comemora e Bahia é novamente líder em assassinatos, as gafes de Geraldo Jr. e o hexa de Zé Neto

Leia a coluna na íntegra

  • C
  • Coluna Pombo Correio

Publicado em 19 de julho de 2024 às 05:00

Petista disse que “a Bahia está num momento de celebração” por conta de dados da área da segurança pública
Petista disse que “a Bahia está num momento de celebração” por conta de dados da área da segurança pública Crédito: Arisson Marinho/Correio

Perguntar não ofende

Será que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) vai comemorar os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que aponta a Bahia novamente na liderança com ranking de homicídios no país? Nesta semana, o petista disse que “a Bahia está num momento de celebração” por conta de dados da área da segurança pública. O anuário, divulgado nesta quinta-feira (18), aponta que o estado registrou 6.578 mortes violentas em 2023, número 54% maior do que o Rio de Janeiro, segundo colocado. E pasmem: sozinha, a Bahia supera os números somados dos estados das regiões Centro Oeste (3.682 mortes) e Sul (4.898 casos). Bom, Jerônimo pode até comemorar, mas o povo baiano não tem nada a celebrar.

Nada a comemorar

Na tentativa de criar uma narrativa diferente, o governo chegou a realizar uma coletiva na última quarta-feira (17) para anunciar uma suposta redução no número de mortes violentas em 2024. Mas a verdade é que entre 2022 e 2023 a queda no estado foi de 1,3%, uma das menores do país e bem abaixo também da média nacional, cuja redução foi de 3,4%.

Erro de cálculo

O vice-governador Geraldo Júnior (MDB) cometeu um erro de cálculo ao falar sobre o transporte público de Salvador e deu um verdadeiro tiro pela culatra com suas críticas. Alheio aos aspectos de gestão, ele esqueceu de verificar que partiu do próprio governo estadual anos atrás o pedido de remanejamento de determinadas linhas para que não houvesse concorrência direta com o metrô. Agora, com a proposta meramente eleitoreira, Geraldo cria um embaraço técnico e financeiro para o estado, já que o repasse à CCR, concessionária que administra a operação metroviária, ficaria ainda mais salgado aos cofres estaduais. Em 2023, para se ter uma ideia, o governo repassou mais de R$ 649 milhões ao metrô, número que poderia dobrar ou mesmo triplicar sem a integração.

Gafe

Para além disso, o vice-governador Geraldo Júnior cometeu outra verdadeira trapalhada. Na ânsia de bater na prefeitura, foi às redes sociais para informar que Salvador está na 7ª posição do Índice de Transparência e Governança Pública entre as capitais do país. O problema é que, de acordo com o mesmo indicador, a Bahia aparece na 15ª posição entre os estados. Ou seja, acabou mostrando que o seu próprio governo peca na transparência.

Sem discurso

A campanha eleitoral efetivamente ainda nem começou, mas, em Lauro de Freitas, o grupo da prefeita Moema Gramacho (PT) não consegue encontrar um discurso para enfrentar a pré-candidata do União Brasil, a vereadora Débora Régis, que segue em ritmo de crescimento. Com rejeição recorde na cidade, Moema tentou propagar que Débora ficaria inelegível, o que caiu por terra com a mais recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tentaram também emplacar o discurso do “time de Lula”, mas o debate em torno dos problemas graves que a cidade enfrenta, dos buracos aos serviços precários, estão sobrepondo a agenda do povo. Sem contar que o escolhido de Moema, Antonio Rosalvo (PT), não decola e, além de tudo, não tem histórico de lulista. Não há quem ache uma imagem que seja de Rosalvo “fazendo o L” antes da pré-candidatura.

Longe de mim

Em Lauro, Rosalvo tem feito de tudo para desvincular sua imagem de Moema, por conta da elevada rejeição. Nos bastidores, Rosalvo tem dito a pessoas próximas que a imagem negativa da gestão da prefeita, que tem contaminado até mesmo aliados da base petista, pode comprometer ainda mais a sua campanha.

Amigos, pero no mucho

O prefeito de Serrinha, Adriano Lima (PP), e o secretário estadual do Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso (PT), vão ter dificuldades para explicar à população a mais recente aliança entre os dois. Nos últimos anos, em especial na eleição de 2020, quando se enfrentaram nas urnas, os dois trocaram farpas e agressões do mais baixo nível possível. Adriano chegou a ser condenado por danos morais por conta de ofensas contra o petista, que é ex-prefeito da cidade. Agora, apareceram de mãos dadas em aliança para as eleições de 2024. A pergunta que fica é: será que continuam pensando a mesma coisa um do outro e estão juntos agora só por conveniência eleitoral?

O hexa vem

Pelo visto, o deputado federal Zé Neto (PT) vai conquistar o hexa antes da Seleção Brasileira. Em Feira de Santana, o petista vai reeditar disputa contra o ex-prefeito Zé Ronaldo (União Brasil), que já lidera com relativa vantagem nas pesquisas e ainda deve ganhar o apoio do deputado estadual Pablo Roberto (PSDB), que anunciou a retirada de sua pré-candidatura. Por lá, até os zenetistas mais otimistas não escondem a desanimação.

Mudança de foco

Por falar em Feira, o governo petista parece mesmo ter desistido de Salvador, conforme dizem interlocutores, e virou sua artilharia para a segunda maior cidade do estado para tentar dar um empurrãozinho em Zé Neto. Nessa semana, o Palácio de Ondina intensificou seus esforços para alavancar o deputado petista, mas o cenário encontrado não é nada animador.

Discurso x realidade

Engraçado ver o presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, falar em vetar a união com bolsonaristas nas eleições deste ano. Na realidade, o assunto é bem diferente. Em Itapetinga, por exemplo, o PT filiou o presidente da Câmara, João de Deus, declarado apoiador do ex-presidente e que, até outro dia, administrava grupos pró-Bolsonaro na região. Em Barreiras, o também bolsonarista Carlos Tito foi filiado ao PT para disputar a prefeitura. Sem contar na Assembleia Legislativa, onde o PT tem em sua base dois deputados do PL que fizeram campanha para Bolsonaro. Um deles, Raimundinho da JR, quer disputar a prefeitura de Dias D’Ávila com o apoio do governo. Como diz o ditado, na prática, a teoria é outra.

Candidatura fictícia

Em Santo Antônio de Jesus vazou um áudio de uma pessoa próxima ao ex-prefeito Humberto Leite (PP) de que a pré-candidatura dele seria apenas uma peça de ficção. Segundo a apoiadora de Leite, ele na verdade iria retirar seu nome para apoiar o também ex-prefeito Euvaldo Rosa (MDB). Entre as revelações no áudio, ela ainda diz que tudo já foi devidamente combinado.

Consignado de sucata

Imagine você entrar numa concessionária com o sonho de comprar um carro novo e sair de lá com financiamento consignado para um veículo usado há mais de dez anos e ainda assim ter que dar as reservas financeiras como garantia de pagamento. Em outras palavras, é isso que o Governo da Bahia está fazendo na compra de 40 trens antigos que pretende colocar no VLT (ainda no papel). Além do absurdo de aplicar quase R$1 bilhão nos trens velhos, o governador Jerônimo enviou projeto para a Assembleia Legislativa anunciando que vai comprometer o Fundo de Participação dos Estados (FPE), receita que vem da União, para dar garantia de pagamento.

Negócio duvidoso

Essa negociação, inclusive, foi comemorada no Mato Grosso. O presidente do Tribunal de Contas do estado (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, celebrou a venda dos trens. “Foi possível vender sem prejuízos e eliminar um grande problema de ter um produto se desgastando”, disse, recentemente.

Deixa Deus Agir

Mesmo depois que o governador Jerônimo revelou a existência do caderninho da perseguição, segue vivo o interesse do partido Agir em apoiar a reeleição de Bruno Reis (União Brasil) em Salvador. Perguntado sobre o assunto, o prefeito soltou uma tirada que provocou gargalhada na coletiva de imprensa esta semana: “Deixa Deus agir”.