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A parceria tabajara do PT, Lula tira o braço da seringa e o assessor muy amigo de Jerônimo

Leia a coluna na íntegra

  • Foto do(a) author(a) Pombo Correio
  • Pombo Correio

Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 05:00

Tragédia na Igreja de São Francisco de Assis
Tragédia na Igreja de São Francisco de Assis Crédito: Codesal

Parceria tabajara

A tragédia na Igreja de São Francisco, um dos maiores patrimônios históricos e culturais de Salvador e do país, trouxe à tona o questionamento em torno da parceria tão celebrada pelo PT entre os governos estadual e federal. Além de a Bahia se manter nos primeiros lugares em rankings indigestos, como de homicídios, pobreza, analfabetismo e desemprego, projetos prometidos por anos e anos pelos governos petistas não saem do papel, a exemplo da ponte Salvador-Itaparica e o VLT do Subúrbio, que já estão quase virando lendas urbanas. Agora, o desabamento de parte do forro do templo religioso, deixando uma pessoa morta, expôs a falta de cuidado com o rico patrimônio histórico e cultural de Salvador, a primeira capital do país. Embora a igreja seja de responsabilidade da Ordem Franciscana, cabe também ao Iphan, órgão do governo federal, fazer investimentos para garantir a preservação, o que não vem acontecendo. A tal parceria aparentemente não vem sendo tão positiva quanto diz a propaganda petista.

Inspiração infeliz

E sobre a tragédia na Igreja de São Francisco, parece que o presidente Lula (PT) resolveu seguir a cartilha do PT que, ao longo dos últimos 18 anos, vem adotando a estratégia da transferência de responsabilidade para fugir dos problemas. Em entrevista à rádio Metrópole, Lula criticou a falta de investimentos para bens tombados, que acabam ficando abandonados. No caso da igreja, o investimento cabe justamente ao Iphan, autarquia vinculada ao Ministério da Cultura e responsável pelo tombamento. Na declaração, aparentemente, Lula tentou tirar o braço da seringa. Como bem disse um político da capital: “Só não dá para transferir a responsabilidade para quem propôs o tombamento há 87 anos”.

Verborragia

A declaração repercutiu mal até mesmo dentro do Iphan. Dirigentes da autarquia federal classificaram a fala de Lula como “infeliz” e confessaram, em conversas reservadas, que não há investimentos por parte do governo federal para a preservação de bens tombados.

Fábrica de memes

O governador Jerônimo (PT) adicionou mais um item à sua fábrica de memes. Esta semana, durante a estreia de seu podcast, o petista se referiu às policlínicas de saúde como um ambiente para fazer “checkout”. A fala, que rapidamente viralizou nas redes sociais, se tornou um meme pela confusão do governador com o termo “check-up”. Observadores da política baiana, mais ácidos, não perderam a oportunidade: “em breve o povo vai fazer o checkout dele na Governadoria”. Não bastasse a pérola, Jerônimo dedicou boa parte do programa para falar amenidades, inclusive para confessar sua agenda extraoficial nas agendas ao interior. “Fui na lavagem das escadarias de São Brás, em Taperoá. Eu tomei banho de mangueira e dei banho de mangueira. Sabe o que é legal? As pessoas dizem, olha, o governador está ali…eu estava me divertindo, eu estava curtindo a festa”.

Muy Amigo

Na ânsia de puxar o saco, um assessor bem “criativo” teve a brilhante ideia de sugerir que o governador Jerônimo tivesse um podcast. E ele, claro, adorou. Certamente por não ter o menor senso crítico. Nos bastidores, porém, ninguém teve coragem de dizer o óbvio: era uma péssima ideia. Agora, a cada episódio, o desastre se confirma.

Cancela a mudança

O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) já estava de malas prontas para a vice-presidência da Assembleia, quando foi obrigado a engatar a marcha e abrir espaço para a candidatura de Ivana Bastos, num recuo estratégico para não estremecer ainda mais a relação entre PT e PSD. Enquanto tira a mudança da caixa e coloca de volta na gaveta, Rosemberg ainda é apontado por correligionários como responsável por ter deixado a legenda sem nenhum representante na Mesa Diretora, fato inédito nos últimos 10 anos. A Rosemberg deverá caber segurar o bastão de líder do governo, num momento inglório de baixa produtividade da gestão do governador Jerônimo Rodrigues.

Rastro de prejuízo

A notícia de que a Via Bahia finalmente deixará a concessão das BRs 116 e 324 veio acompanhada de uma informação indigesta. Depois de passar anos cobrando pedágio sem cumprir as obrigações contratuais, a concessionária ainda vai levar R$ 892 milhões com o fim da operação. O rastro de prejuízo tem origem no modelo de contrato, que foi gestado em governos do PT e deixou a Bahia vulnerável a um desfecho como este. Outro exemplo de contrato desastroso está na concessão no metrô de Salvador, onde o governo do Estado precisa colocar R$ 600 milhões por ano, já que a empresa operadora recebeu a garantia de retorno financeiro mesmo se não houver número de passageiros suficientes para compor a receita. Definitivamente, PT e modelagem contratual não combinam na mesma frase.

Sem patente

O senador Angelo Coronel (PSD) foi solenemente excluído pelo governador Jerônimo Rodrigues da relação de políticos e personalidades homenageados com a medalha comemorativa dos 200 anos da Polícia Militar. A exclusão seria um detalhe, se não fosse percebida como um gesto de retaliação do PT ao enfrentamento público que Coronel tem feito para se manter candidato à reeleição em 2026, contrariando a chapa puro sangue de três governadores petistas, como o senador Jaques Wagner (PT) passou a defender publicamente, sem cerimônias.

Multiplica por 3

No ano em que disputou a prefeitura de Salvador, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) triplicou as despesas do seu gabinete em relação à média dos anos anteriores. Mesmo tendo dedicado cerca de quatro meses ao processo eleitoral, Geraldo fez o custo do seu gabinete institucional como vice-governador chegar a 9,3 milhões, sendo R$ 5,2 milhões dedicados apenas a pagamento de salários, vantagens fixas e despesas dos militares que ficam à sua disposição. Em 2023, Geraldo também já havia ultrapassado a média de gastos, quando fechou a conta em R$ 8,6 milhões.

Sem espaço

Alguns ex-prefeitos da base petista andam insatisfeitos com Jerônimo Rodrigues por não terem conseguido espaço no primeiro e segundo escalões do governo. Ao terminarem seus mandatos, eles esperavam que fossem acomodados na estrutura do estado, mas Jerônimo avisou que não quer pretensos candidatos no ano que vem no seu secretariado. Um deles é o ex-prefeito de Belo Campo Quinho (PSD), que vem, segundo parlamentares governistas, forçando a barra para integrar o time do governador. Outro que integra o grupo é o ex-prefeito de Irecê Elmo Vaz (PSB), também de fora. Fontes do Palácio de Ondina dizem que, por enquanto, o cenário não deve mudar.