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A avalanche de críticas contra Geraldo, a irritação de Wagner e a maquiagem do PT na educação

Leia a coluna na íntegra

  • C
  • Coluna Pombo Correio

Publicado em 16 de agosto de 2024 às 05:00

Baixo desempenho do candidato do MDB provocou rebuliço na campanha
Baixo desempenho do candidato do MDB provocou rebuliço na campanha Crédito: Paula Fróes/Correio

Avalanche de críticas

O desempenho pífio do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) no debate da Band, na semana passada, provocou uma verdadeira avalanche de críticas ao emedebista e gerou um rebuliço na campanha dele. Após o evento, segundo fontes da coluna, Geraldo ficou bastante irritado e culpou a equipe por falhas ocorridas e pela maquiagem, que acabou lhe rendendo uma chuva de memes nas redes sociais. Sob anonimato, interlocutores confidenciaram que o vice convocou uma reunião e deu uma bronca geral em todo mundo e, ao longo desta semana, tem mantido o tom mais agressivo contra os auxiliares. “O clima é o pior possível”, resumiu a fonte.

Padrinho irritado

Quem ficou revoltado com o desempenho de Geraldo no debate foi o senador Jaques Wagner (PT), o principal fiador da candidatura do vice-governador a prefeito. A pessoas próximas, o cacique petista disse que já imaginava uma participação abaixo da média, visto que Geraldo tem se enrolado até mesmo em entrevistas, mas não esperava que seria tão ruim. O senador tem ouvido de integrantes da equipe que Geraldo se empenha pouco, não gosta de gravar programas eleitorais, chega muito atrasado nos compromissos e não estuda os conteúdos, se preocupando apenas em decorar números.

Avalanche de pesadelos

Na boca miúda, há quem diga que o Geraldo Júnior anda tendo uma avalanche de pesadelos terríveis após o debate da Band. Tanto é que, por onde anda, ele segue repercutindo sua participação no encontro. Na sua própria versão, ele se saiu muito bem e foi vitorioso. Nas rodas de conversa, contudo, o tema virou piada. “A verdade é que Bruno alugou um apartamento na mente de Geraldo”, brincou um observador da política.

O amigão

Um dos momentos mais constrangedores do debate foi quando questionado por Kleber Rosa (Psol), Geraldo chamou Bolsonaro de fascista e disse que o seu partido, o MDB, combateu o Golpe que o ex-presidente quis dar à Democracia. Logo ele, o mesmo Geraldo, que foi apoiador de Bolsonaro, e disse que era amigo pessoal de um dos filhos dele. A piada da semana é que agora, na ânsia de mostrar-se próximo de Lula, ele vai começar a divulgar uma amizade fraterna com a primeira-dama Janja.

Quem tem boca fala o que quer

O PT adora fazer críticas à educação de Salvador, em especial à educação infantil, mas do lado da capital baiana, em Lauro de Freitas, maior município governado pelo Partido dos Trabalhadores no estado, a realidade é muito diferente do discurso petista. Segundo estudo realizado pela ONG Todos Pela Educação, a cidade tem apenas 23% das crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creches, um número bem abaixo das médias da Bahia (33%), do Nordeste (38%) e do Brasil (37%). Salvador tem 45% – mais que o dobro que Lauro, cidade administrada pela prefeita Moema Gramacho (PT), que adora propagar o discurso de alinhamento com os governos federal e estadual.

Aumento maquiado

Ainda sobre educação, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) celebrou o aumento na nota do Ideb da Bahia. Seria ótimo se esse crescimento não tivesse sido realizado apenas por conta da aprovação automática, conforme mostram os dados divulgados do Ministério da Educação. Tanto nos anos finais do Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, a rede estadual de ensino da Bahia teve o pior desempenho na aprendizagem de português e matemática entre todos os estados. Por outro lado, viu suas taxas de aprovação superarem a casa dos 90%. No Ensino Médio, por exemplo, foi maior do que a taxa de 2021, ano em que houve aprovação em massa por conta da pandemia.

Alerta vermelho

O entorno do ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano (PT) já andava preocupado com o crescimento do candidato do União Brasil, Flávio Matos (União Brasil), nos levantamentos para consumo interno, mas o sinal de alerta foi aceso de vez nesta semana após pesquisa do instituto Real Time Big Data. Pelos números, Caetano lidera com 38%, contra 30% de Flávio. Só para ressaltar, a diferença entre os dois já chegou a ser de 30 pontos. Aliados próximos do petista temem que ele, que tem elevada rejeição, possa ter batido no teto e não tenha mais para onde crescer.

Queda livre

A nova pesquisa AtlasIntel sobre o desempenho dos governadores, além de apontar uma queda na aprovação de Jerônimo Rodrigues, mostrou que a população do estado está descontente com a saúde e, principalmente, com a segurança. Pelo estudo, 51% dos entrevistados consideram a gestão de Jerônimo ruim ou péssima em relação à segurança, enquanto 24% acham boa ou ótima. Já na saúde, 44% apontaram como ruim ou péssima, dez pontos percentuais à frente daqueles que consideram boa ou ótima (34%). Enquanto falta resultado administrativo, o governador segue em franca campanha com aqueles que lhe "acompanharam em 2022", como ele mesmo gosta de dizer.

Eleição primeiro, paz depois

A saída de Felipe Freitas da Secretaria de Justiça da Bahia para virar coordenador da campanha de Zé Neto em Feira de Santana foi mais uma demonstração de como o governador Jerônimo faz pouco caso da agenda de segurança pública. Isso porque Freitas era o piloto do programa Bahia pela Paz, principal ativo do anunciado pelo governador para lidar com a crise de insegurança e avanço das facções criminosas. Pelo jeito, o petista inverteu a prioridade e preferiu a política eleitoral em vez da proteção dos baianos.

Comemoração ou escárnio?

Na mesma semana em que integrantes do governo baiano lotaram o plenário da Assembleia Legislativa para “comemorar os 17 anos de políticas públicas para juventude”, a Bahia foi anunciada como o segundo estado do país mais violento para crianças e adolescentes. Os dados, publicados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), desmontam o castelo de areia que o PT produziu nos últimos anos, com anúncios de campanhas e programas inócuos do ponto de vista prático. A Bahia só ficou atrás do Amapá, cuja taxa de mortes violentas para esse público em 2023 ficou em 33,9 por 100 mil. Na Bahia, a prevalência foi 23,5, dez vezes mais do que o percentual de São Paulo (2,7).

3º plano

Esperando contar com o apoio do governador Jerônimo Rodrigues na disputa pela prefeitura de Dias D’Ávila, o deputado estadual Raimundinho da JR (PL) começou a receber sinais de que vai ser escanteado. Na última semana, Jerônimo deu a primeira senha, disse que ele não é aliado nem de primeiro, nem de segundo, mas sim de terceiro turno, indicando de cara, portanto, que o apoiador de Bolsonaro, recém-convertido em aliado do PT, não é prioridade. Raimundinho se sustenta no apoio de uma corrente petista, que em virtude de planos eleitorais para 2026 não embarcou na campanha de Jussara.