Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

'Não vendemos história, vendemos abadá': a frase que chocou a família Macedo dita por empresário da Axé Music

No Carnaval de 2025, a história venceu e o trio elétrico comemora 75 anos

  • Foto do(a) author(a) Osmar Marrom Martins
  • Osmar Marrom Martins

Publicado em 27 de janeiro de 2025 às 13:20

O guitarrista Armandinho Macêdo
O guitarrista Armandinho Macêdo Crédito: divulgação

Lá pelos anos 1990, um dos criadores do trio elétrico, o saudoso Osmar Macêdo subia com seu trio pela Ladeira da Montanha, acompanhado de seus filhos Armandinho, Aroldo, André e Betinho para fazer a volta na Casa D´Itália e descer pela Avenida Sete até a Praça Castro Alves. Era tudo de bom para o folião, que ainda podia ver e ouvir Moraes Moreira, Caetano Veloso, Gilberto Gil dando canjas luxuosas.

O ano marcou a criação oficial da fila do desfile dos blocos. O Trio de Dodô e Osmar - depois virou trio  Armandinho, Dodô e Osmar - estava subindo a Ladeira da Montanha para fazer aquele conhecido roteiro. O querido Osmar estava ali firme e forte. Até que veio o baque: a polícia os parou dizendo que eles só poderiam desfilar depois que passasse o último bloco. Mas ninguém sabia informar que horas isso aconteceria.

Com a sua conhecia paciência, Seo Osmar e os filhos esperaram cerca de três horas. Percebendo que a coisa só iria piorar e, do alto de sua sabedoria, o patriarca da família Macedo bradou: “Nós vamos encerrar nosso Carnaval aqui na Praça”.

Mas como o trio elétrico é a alma do Carnaval e a grande vitrine da Axé Music, o trio elétrico completa 75 anos de criação no Carnaval de 2025 e estará presente nos principais circuitos, levando a música da melhor qualidade.

Mas a frase dita por um empresário da axé, 'Nós não vendemos história, vendemos abadá', chocou aos membros da família e hoje Armandinho Macedo relembrou ao CORREIO a sensação que teve na época:

“A sensação foi de desprezo. A mesma sensação que eu tive quando fizeram a fila dos blocos e não incluíram os trios independente. Nós fomos excluídos do Carnaval. Aquela sensação de que puxaram nosso tapete. A gente já estava ali há anos”.

Assim, passados 75 anos, a história venceu e as comemorações serão plenas. No dia 12 de fevereiro, a partir das 19h, na Concha Acústica do TCA, acontece o show Chame Gente – Que Loucura Essa Mistura, que celebra os 75 anos do trio e os 40 da Axé Music. Já estão confirmadas as participações de Brown, Bell, É O Tchan, Márcia Castro, Durval Lelys, Ricardo Chaves, Davi Moraes entre outros.

Esse show, segundo define a produção, 'celebra o legado vibrante dos Irmãos Macedo e presta uma homenagem a Caetano Veloso, reconhecido por sua contribuição à difusão do Trio Elétrico e da música baiana no Brasil', eternizando a frase 'Atrás do Trio Elétrico só não vai quem já morreu', na música "Atrás do Trio Elétrico".

A canção 'transformada em hino do carnaval e da cultura popular brasileira, ao mesmo tempo em que sua genialidade artística e poética, projetou o trio como símbolo de brasilidade, modernidade e inclusão cultural, amplificando a força da música baiana como uma das mais autênticas expressões da identidade nacional'.