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Osmar Marrom Martins
Publicado em 28 de março de 2025 às 11:11
Depois da pandemia do covid 19, eu resolvi vender meu carro porque ele ficava mais parado no estacionamento do trabalho e na garagem de meu prédio. Foi uma decisão difícil. Mas eu estava decidido. A princípio, comecei a andar de Uber até que aderi ao metrô, que fica a 10 minutos de meu prédio. Hoje sou um “metroleiro” de primeira. E posso lhe garantir que o metrô de Salvador é um dos melhores que eu já utilizei. Ele é limpo, tem ar-condicionado e não deve nada a outros metrôs, como o de Paris e New York, só para dar dois exemplos, que são sujos. Tudo bem que eles existem há muitos anos, e o nosso ainda é um jovem. >
Ultimamente tem andado muito cheio, mas ainda consegue manter uma boa aparência. Porém, como nada é perfeito, tem uma coisa que me incomoda: o comportamento de alguns usuários. Antes de entrar no metrô, as escadas rolantes nas estações sinalizam para que o lado esquerdo fique sempre livre. Facilitando a vida de quem quer adiantar seu lado. Infelizmente esse aviso é totalmente ignorado por uma parte da população, que não está nem aí. É comum ver casais ou até amigos ocupando os dois lados da escada sem se preocupar com os outros que querem adiantar o passo.>
Falo isso porque, quando morei em Londres e fui pegar o metrô lá, chamado Underground, fiquei do lado esquerdo conversando com meu amigo. Que me puxou mostrando que tinha no mínimo três ingleses atrás de mim querendo atravessar pelo lado esquerdo. Depois desse dia sempre fiquei no lado direito e entendi que a gente tem que respeitar as regras.>
Outro comportamento lamentável é quando o metrô para numa estação, e alguns passageiros vão descer, e outros vão entrar. Recomenda-se que, quem vai entrar, espere as pessoas saírem primeiro. Mas quando a porta se abre quem está fora entra imediatamente atrapalhando quem precisa sair. Eu mesmo já cheguei a reclamar falando que deixassem a gente sair pelo menos. Pura perda de tempo. Ainda tive que encarar resmungos e cara fechada como se o errado fosse eu.>
E em muitos casos você ainda é olhado atravessado como se estivesse infringindo a regra. Essa foi mais uma lição que aprendi em minha temporada londrina. A outra, como escrevi semana passada foi sobre o caixa de pequenos volumes. Num mercado que fui só podiam passar dez volumes. Para isso a caixa registradora era programada para isso. Caso tivesse um volume a mais, você teria que voltar para o fim da fila.>
Antes que algum maledicente diga que estou sendo esnobe, e que a Inglaterra é mais civilizada que o Brasil, deixo claro que o problema nosso é a chamada falta de educação de algumas pessoas que parecem não saber viver em coletividade e sempre querem levar vantagem. Eu faço a minha parte. Mas gostaria que essas pessoas pensassem que se existe uma regra, porque não seguir. Simples assim.>