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Mitos e verdades sobre o câncer de intestino

Um dos aspectos mais traiçoeiros do câncer colorretal é sua natureza silenciosa nos estágios iniciais

Publicado em 25 de março de 2025 às 05:00

O Março Azul é uma campanha de conscientização sobre o câncer de intestino, também chamado de câncer colorretal. Esse tipo de tumor afeta o cólon e o reto e é um dos mais comuns no mundo, mas muitas informações equivocadas ainda circulam sobre a doença. Por isso, é importante desvendar alguns mitos e verdades para ajudar na prevenção e no diagnóstico precoce desta doença.

Contrariando a crença popular de que o câncer de intestino é uma doença exclusiva da terceira idade, a realidade mostra um cenário mais complexo. Embora o risco aumente significativamente após os 50 anos, indivíduos mais jovens não estão imunes. Fatores como estilo de vida, genética e as doenças inflamatórias intestinais podem contribuir para o surgimento precoce da doença.

Uma das verdades mais reconfortantes é que o câncer de intestino não é uma sentença inevitável. Existem diversas estratégias de prevenção ao alcance de todos. Uma alimentação equilibrada, rica em fibras, frutas e vegetais, manter um peso saudável, praticar exercícios regularmente, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são medidas que podem reduzir significativamente o risco.

É um equívoco pensar que apenas pessoas com histórico familiar da doença estão em risco. Embora o histórico familiar seja um fator importante, a maioria dos casos ocorre em indivíduos sem antecedentes familiares diretos. Isso reforça a necessidade de atenção universal aos fatores de risco e à realização de exames preventivos, conforme orientação médica.

Um dos aspectos mais traiçoeiros do câncer colorretal é sua natureza silenciosa nos estágios iniciais. Muitos acreditam erroneamente que a doença sempre apresenta sintomas evidentes desde o começo. Na realidade, quando os sintomas como alterações no hábito intestinal, sangue nas fezes, dor abdominal, perda de peso inexplicada e fadiga aparecem, a doença pode já estar em estágio avançado. Esta característica sublinha a importância dos exames preventivos, especialmente a colonoscopia.

Falando em colonoscopia, é fundamental desmistificar a ideia de que este exame é desnecessário para pessoas assintomáticas. Na verdade, a colonoscopia é uma ferramenta essencial na detecção precoce, capaz de identificar e remover lesões pré-cancerígenas antes que evoluam para tumores malignos.

Por fim, é fundamental combater o mito de que um diagnóstico de câncer de intestino é invariavelmente uma sentença de morte. Com os avanços da medicina moderna, o câncer colorretal apresenta altas chances de cura quando detectado precocemente. Os tratamentos disponíveis, que incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia, são cada vez mais eficazes, oferecendo perspectivas promissoras para os pacientes.

Alexandre Carvalho é especialista em Gastroenterologia na Clinica de Atenção em Gastroenterologia, Especialidades e Nutrição (CliaGEN)