Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Charles assumiu time após a saída de Sergio Soares, no dia 6 de outubro
Miro Palma
Publicado em 19 de outubro de 2015 às 15:07
- Atualizado há 2 anos
Charles não é mágico, mas é ídolo, campeão brasileiro. E, apenas por isso, já merece o voto de confiança do torcedor tricolor. Com ele no comando da equipe, o Bahia mudou para melhor, voltou ao G-4 e agora tem a força necessária para voltar aos trilhos rumo à Série A do próximo ano. Faltam mais sete rodadas para o fim do campeonato e, com o retorno da sintonia entre torcida e time, vai ser difícil tirar o Esquadrão do grupo dos quatro primeiros novamente.O triunfo de 1x0 sobre o Oeste, no sábado passado, começou a ser traçado no dia 7 de outubro, quando a diretoria efetivou Charles como treinador um dia após demitir Sérgio Soares. Dali em diante, o discurso mudou dentro do Fazendão graças ao carisma e trabalho do ex-camisa 9 azul, vermelho e branco que, com muita conversa, fez os jogadores entenderem a importância de conquistar o acesso ao fim da temporada.(Foto: Divulgação/EC Bahia)Aos poucos, a torcida foi se esquecendo dos tropeços anteriores e voltou a acreditar, afinal, o Bahia estava fora do G-4, mas com a mesma pontuação do quarto colocado. Charles optou pela entrada de Gabriel Valongo na zaga e, de quebra, manteve o paraguaio Pittoni, xodó da galera, no banco de reservas. Desconfiança geral e muitas dúvidas. Mesmo assim, o técnico seguiu com as suas convicções e confirmou os 11 titulares.Sexta-feira, no embarque da equipe para Osasco, surpresa no aeroporto. Torcedores com a camisa do time foram apoiar, passar uma energia extra para os jogadores e avisar que eles não estavam sozinhos nessa batalha. Fotos, abraços, batuque e a certeza de que os três pontos estariam de volta na bagagem. Não deu outra. Com outra postura dentro de campo, cheio de vontade e marcando o adversário no campo de ataque, o Bahia conseguiu vencer depois de cinco rodadas de jejum.Ontem, mais uma vez, a torcida marcou presença no aeroporto para recepcionar os atletas. Amanhã, às 20h, diante do Criciúma, na Fonte Nova, o reencontro está marcado. Importante o comportamento das pessoas nas arquibancadas ser o mesmo de quem esteve no estádio José Liberatti, em Osasco. Os baianos de lá não pararam de cantar um minuto sequer durante os 90 minutos. Eles, com certeza, fariam qualquer coisa para estar na Fonte.Portanto, é hora de deixar a corneta em casa e jogar junto com o time. Só assim será possível devolver o Bahia para a Série A. “Nos dê mais um voto de confiança. Vá para a Fonte Nova. Lá, com certeza, vocês vão assistir um time com espírito vencedor e guerreiro”, fez o pedido Charles. Em 2010, o clima de alegria e união fez o tricolor conquistar o objetivo ao final da Série B. Basta repetir essa receita. Não custa nada tentar.AtençãoO empate em 1x1 com o Paraná, na Fonte Nova, não pode fazer o Vitória abaixar a guarda. Pelas circunstâncias do jogo, somar mais um pontinho foi importante para o Leão seguir firme na vice-liderança. Sábado, em Alagoas, um difícil confronto diante do CRB, que tem o experiente Zé Carlos, artilheiro do campeonato com 15 gols. Todo cuidado é pouco, pois qualquer deslize pode fazer o rubro-negro olhar para trás na tabela e se incomodar com os concorrentes novamente.
A gordura de sete pontos para o quinto colocado, por sua vez, faz a equipe do técnico Vagner Mancini ter a tranquilidade necessária para se preparar bem e trazer o triunfo de lá. O acesso está próximo e, nesse momento, a ansiedade não pode vencer a competência e a concentração. Mancini sabe bem disso.* Miro Palma é subeditor de Esporte e escreve às segundas-feiras