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Conheça o amor sem limites de quem adotou cães com deficiência

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • D
  • Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2019 às 09:57

 - Atualizado há 2 anos

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Bento: tripé cheio de vida (Foto: Regiane Ferreira/Divulgação) Bento foi deixado em uma caçamba de lixo para morrer. Carimã foi amarrada em uma árvore no meio do mato com a coluna fraturada. Luna sofreu uma forte mordida na cabeça quando morava em um abrigo. Mark foi encontrado na rua com um ferimento na pata. Histórias tristes que tiveram consequências graves. Bento, Carimã, Luna e Mark passaram a viver com sequelas, sejam elas físicas ou motoras.

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O destino parecia reservar um final trágico para esses quatro cabrinhas especiais. Mas, um amor cheio de cuidado os salvou. Resgatado pelo Instituto Patruska, Bento teve uma das patas traseiras amputada por conta de um ferimento que virou infecção. Ia e voltava para as feiras de adoção sem conseguir uma família. Ninguém queria leva-lo para casa. Até que a empresária Mariana Madeira, 37 anos, “bateu os olhos” nele. Mariana, quando ainda tava gestante, com Filó e Bento (Foto: Regiane Ferreira/Divulgação) “Bati os olhos em Bento e sabia que ele ia ser meu. Eu não quis saber se ele teria alguma dificuldade, se eu teria mais trabalho. Eu sabia que ele seria meu”. Há dois anos e meio, Bento faz parte da família.“Ele é meu filho do meio, meu tripezinho. Tenho também Filó, a mais velha, e meu bebezinho humano, que tem o maior chamego com Bento”.Bento parece não ter qualquer limitação. Como a maioria dos cachorros especiais, tem uma energia do cão, como mostra o registro da fotógrafa pet Regiane Ferreira (@regy.fotografia_animal), que realizou um ensaio fotográfico de Bento para a marca de acessórios pet Filó Fifó.   Dá pra correr picula com três patas (Foto: Regiane Ferreira/Divulgação) “Ele dá carreira em Filó. Às vezes nem lembro que é especial”, conta Mariana. Como a amputação não foi completa, Bento ainda tem as terminações nervosas no “cotozinho” que sobrou. “Ele acha que ainda tem a pata. Para fazer xixi, ele levanta o cotozinho. Quando ele quer coçar a orelha ele fica mexendo o cotó, tadinho. Aí eu vou o coço pra ele”, explica Mariana. “O ensinamento que tiro de Bento é: não importa qual a sua dificuldade. Você está respirando, está vivo e pode ser feliz”. 

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Guerreira Luna A Golden Retriever Luna sofreu um traumatismo craniano no canil que a acolheu. Precisava de ajuda pra comer, não tinha noção de espaço, andava em círculos o tempo inteiro, era cega e sofria de convulsões. Passou por diversos veterinários e a maioria deu a eutanásia como solução. Até que alguém quis adotá-la. Jéssica Carvalho se apaixonou por Luna e impediu o procedimento que tiraria sua vida.“Jamais deixaria ela morrer sem ao menos tentar. Comecei a pedir ajuda, levei ao neurologista”, conta Jéssica. Luna tem limitações, mas é feliz (Foto: Divulgação) Luna é uma guerreira! Passou por acupuntura, hidroterapia e até por testes com células tronco. “Hoje, devido a todo tratamento, ela brinca, anda, é uma cadela saudável. Mesmo com limitações ela é feliz!”, acredita Jéssica, que fez campanha de arrecadação no perfil do Instagram @princesa_luna_golden. “Já anda para frente sem precisar ficar rodando, não fica mais se batendo nos lugares, é muito inteligente”. Antes de ir em qualquer direção, primeiro Luna coloca uma patinha na frente para ver se tem algum obstáculo. Também tem a audição e o olfato aguçado. “É a alegria da casa”. Luna durante tratamento (Foto: Divulgação) Carimã

Era época de São João quando Carimã foi amarrada em uma árvore no meio do mato com escaras pelo corpo e uma fratura na coluna. Levada para a Associação Brasileira de Proteção Animal (ABPA), perdeu os movimentos das duas patas traseiras. Se arrastava pelo abrigo até que vídeos e fotos dela foram publicados nas redes sociais. A farmacêutica Luana Rodrigues, 28 anos, viu um deles e foi amor à primeira vista. De cadeira de rodas, Carimã segue a vida (Foto: Divulgação) “Um amor que parecia que eu conhecia ela de outras vidas, sabe?”, explica Luana. Mas, em seguida, veio o medo: “Como é que eu vou conseguir cuidar de um cãozinho especial?”. Rapidamente, descobriu que o animal especial é como qualquer outro. Quer brincar do mesmo jeito, tem a mesma energia. “A única diferença de Carimã para os cães tidos como normais é que ela usa fralda 24 horas. É como se fosse uma criança recém-nascida. No mais, não tem diferença”. 

Carimã continua se arrastando pela casa com a força das patas dianteiras. Duas vezes por dia, veste a cadeira de rodas e se exercita. “Ela ama a cadeirinha de rodas. Se adaptou super bem à cadeirinha. Vai para a praia, viaja com a gente. Só tem que sair da frente quando coloca a cadeira de rodas porque ela sai em disparada”, ri Luana. Nas ruas, os mais diversos tipos de reações.“Alguns olham com curiosidade, outros com olhar de pena e outros perguntam porque eu adotei, como se ela não merecesse. A maioria não olha com bons olhos, infelizmente”. Mark, sem uma pata e com 7 mães diferentes

Sorte mesmo quem teve foi Mark. O vira-lata perdeu uma pata, mas ganhou sete mães. A estudante de veterinária Lays Alves Luchi e mais seis amigas que moravam juntas em Salvador viram a foto dele em uma rede social. Ele havia sido encontrado no lixo com um grave ferimento na pata. Uma cirurgia de amputação teve de ser feita e as amigas adotaram juntas o cãozinho. Mark hoje tem sete mães diferentes. “Não moramos mais todas juntas. É como se fosse uma guarda compartilhada de sete mães e cada uma dá um pouco de atenção”, conta Lays. Mark amputou uma das patas (Foto: Regiane Ferreira/Divulgação) Olívia, a cadeirante famosa 

A mais linda e famosa cachorrinha com cadeira de rodas no Brasil é Olívia. Com três meses de idade, ela caiu de uma laje e quebrou a coluna. Seus antigos tutores optaram pela eutanásia, mas o veterinário não quis fazer o procedimento. A gastróloga Mariana de Oliveira, 33, a viu no Instagram e a adotou. Olívia tem uma cadeira de rodas cor de rosa e faz sucesso entre seus 66 mil seguidores no perfil @oliviagoldenespecial. Olívia brilha com sua cadeira Fica a dica

Para cães que não tem os movimentos das duas patas traseiras, é necessário utilizar uma roupinha especial para impedir a formação de feridas.Nesses mesmos casos, cadeiras de rodas adaptadas para cães podem ajudar na locomoção. Essas cadeiras podem ser encontradas em sites de vendas na Internet e há até tutoriais no Youtube que ensinam como elas podem ser feitas em casa. Nos casos de cães que necessitem de reabilitação, sugerimos a Reabavet, primeiro centro  de reabilitação veterinária da Bahia.

Endereço Reabavet: Rua das margaridas, 114 Pituba. Tel: 3032-0733

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