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Bruno Wendel
Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 05:00
A escapadela do traficante Jeferson Conceição, o Gel Burro, de um módulo policial em Ondina na segunda-feira de Carnaval ainda está rendendo na Polícia Civil. Três servidores respondem a processo administrativo por conta da fuga, conforme portaria do Diário Oficial do Estado. No documento, os investigados são identificados apenas pelas suas matrículas. No entanto, nos bastidores, comenta-se que pelo menos um deles é um delegado. O texto diz que eles “teriam adotado conduta negligente na guarda de custodiado, resultando na facilitação da fuga do preso”. Sozinho, Gel Burro estava numa cela que não tinha grade na parte superior – é mole? Então, ele chegou ao teto e forçou a estrutura feita de material compensado, escapando por cima (pasmem!). Diante de tanta facilidade, Gel mostrou que de burro não tem nada.
Em nota, a Polícia Civil informou que "os servidores que estavam de serviço na unidade onde ocorreu a fuga tiveram a participação nas escalas suspensa nos demais dias do Carnaval e não foram afastados da Instituição". "Foi instaurado procedimento pela Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), para as devidas apurações, as quais se encontram em curso. Não procede a informação de que a cela teria abertura no teto. O espaço físico passou por perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT), com exame complementar realizado por peritos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, para verificar todas as circunstâncias do fato", diz a nota, que não explica como se deu a fuga.
Juarez Bastos da Silva, 47 anos, chaveiro. Amilton Ferreira do Nascimento, 32, mototaxista. Dois moradores de Águas Claras ligados por um fim trágico: morreram enquanto trabalhavam. Eles foram baleados quando desconhecidos descarregavam suas armas na direção de um rapaz, que terminou ferido. Testemunhas disseram que o alvo foi surpreendido por uma facção rival. E por pouco a tragédia não foi maior. O ataque aconteceu na noite de dia 15, próximo a um ponto de ônibus, na Rua Jorge Costa Andrade, a principal do bairro. A Polícia Civil ainda não prendeu ninguém, mas diz que já tem “indicativo de autoria”. Enquanto isso, nas estatísticas os mortos não passam apenas números. Mas para as famílias, se transformam em dor.
A situação está perigosíssima para os rodoviários da Região Metropolitana de Salvador. Segundo o sindicato (Sindmetro), somente neste ano, 32 trabalhadores já foram assaltados. São quatro mil rodoviários que trabalham apavorados no transporte que atende cerca de 150 mil pessoas por dia. Na quinta (22), um cobrador levou coronhadas na cabeça e passageiros pularam do coletivo em movimento durante uma tentativa de assalto em Camaçari.