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Bruno Wendel
Publicado em 24 de janeiro de 2025 às 09:40
Pelo menos dois policiais militares foram presos na manhã desta sexta-feira (24) acusados de envolvimento no desparecimento e morte dos jovens Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz. As vítimas foram vistas pela última vez entrando num ferro-velho de Pirajá, em 9 de novembro do ano passado. Os nomes dos PMs não foram revelados e nem as unidades onde estão lotados. >
Antes deles, foi preso também, durante a investigação do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o cabo da PM Josué Xavier, solto da cadeia após o final do prazo da prisão temporária. O policial, que é lotado na 19ª Companhia Independente (CIPM/Paripe), vai ficar no setor administrativo.>
Segundo uma fonte da Secretaria de Segurança Pública (SSP), neste momento é realizada uma operação para captura de outros envolvidos e uma terceira pessoa também teria mandado de prisão cumprindo. >
Após as revelações feitas pelo CORREIO, a polícia divulgou uma nota informando que a operação teve como objetivo desarticular uma associação criminosa, com características de milícia, apontada como responsável por uma série de mortes violentas no estado. >
"Um dos investigados, que é policial militar, foi preso em sua residência no bairro da Pituba. Outro suspeito foi encontrado no estabelecimento comercial onde trabalhava, na Avenida Barros Reis. O terceiro, um ex-policial militar, já estava recluso em uma unidade de segurança máxima no sistema penal da Paraíba", diz a nota. >
A polícia informou que as investigações abrangem o duplo homicídio de Paulo Daniel e Matuzalem, além de outros assassinatos ainda não elucidados. O grupo criminoso teria agido em benefício de outro investigado, que segue sendo apurado pela Polícia Civil. A operação contou com a atuação de 50 policiais civis. >
A Polícia Civil apreendeu o celular da mãe do ex-PM e empresário Marcelo Batista da Silva, apontado como mandante dos assassinatos dos dois funcionários. Ela usava o aparelho para falar com o filho. >
De acordo com fontes da Polícia Civil, a mãe confirmou que Marcelo está na Bolívia, numa fazenda de produção de cocaína, sob a proteção do Comando Vermelho. Agora, o objetivo é saber se outras pessoas estão ajudando o gerente, que tem mandado de prisão decretada por homicídio, ocultação de cadáver, grupo de extermínio, milícia armada e tortura. >
Organização Internacional de Polícia Criminal já foi acionada para que Marcelo seja preso no exterior. A lista pública da Interpol reúne foragidos da Justiça de diversos países. >